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Trends: ChatGPT vai substituir os humanos?

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Artistas de todo o mundo estão com medo da inteligência artificial roubar seus trabalhos e extinguir a profissão

Por ora, melhor não (Getty Images/Getty Images)

 

Essa coluna semanal traz tendências de marketing, opiniões, dicas, informações relevantes sobre o universo do marketing.

Algumas das tendências mais importantes atualmente incluem o uso da IA como o ChatGPT que, no fim do ano passado, foi lançado como mais uma ferramenta de inteligência artificial, gratuita e acessível, com o “plus” de responder perguntas e construir textos muito semelhantes àqueles criados por humanos.

Em uma semana, o modelo superavançado para criação de textos teve 5 milhões de downloads e deve receber um investimento de US$ 10 milhões da Microsoft.

O chatbot foi anunciado como o próximo disruptor do mundo, com a capacidade de destronar o Google como mecanismo de pesquisa.

Na prática, ele consegue debater até sobre assuntos complexos, não só responder a perguntas. Pode criar poemas, construir frases de efeito, mas não tem análise crítica.

A inteligência não tem criatividade no sentido humano da palavra; os algoritmos de aprendizado de máquina funcionam por meio de padrões e regras estabelecidos, eles não têm a capacidade de ter ideias complementares novas e inesperadas, ou seguir instintos ou intuições como os seres humanos fazem, além disso, o bot de bate-papo de inteligência artificial pode gerar respostas tendenciosas, refletindo o que foi programado ou treinado, o que pode ser um problema, e sinal de que as possibilidades do sistema devem ser usadas com bastante cautela.

A IA não é capaz de dar um parecer, por exemplo, sobre questões éticas ou morais complexas. Ela pode analisar dados e tendências, mas não possui compreensão profunda da sociedade, cultura e valores humanos.

Ela foi treinada e alimentada com aprendizado de máquina, convergindo notícias, e até fake news para montar seus textos que, apesar de facilmente críveis, não necessariamente reproduzem referências fidedignas.

Sabemos que fontes falsas disseminam informações enviesadas e, por que não, perigosas?

Em 2001, uma Odisseia no Espaço, filme dirigido por Stanley Kubrick e lançado em 1968, o narrador, ironicamente proferiu a frase: “quanto mais maravilhoso o meio de comunicação, mais trivial, medíocre ou deprimente seu conteúdo parecia ser”.

André Bazin, conhecido como um dos maiores críticos e teóricos de cinema de todos os tempos, afirmava: “O cinema é a arte do encontro real”.

A sétima arte conta a história da humanidade, com todas as suas idiossincrasias, imprimindo e perpetuando pareceres e comportamentos.

O famoso Blade Runner retratou a questão ética que envolve a relação entre humanos e máquinas, incluindo a inteligência artificial e suas consequências.

Em Ela, Joaquin Phoenix se envolve profundamente com uma assistente pessoal e, spoiler, cai do cavalo.

Investir em chatbots como o GPT pode ser útil para automatizar respostas e perguntas frequentes, por exemplo. A combinação de tecnologia com pensamento crítico será fundamental para se manter em um mercado competitivo, devido à rapidez e à eficácia.

Porém, o copia e cola continua não funcionando.

O próprio chat escreveu: “É importante que os textos produzidos pelo modelo sejam revisados e aprimorados por humanos antes de serem utilizados para fins comerciais ou importantes. Portanto, o ChatGPT pode ser uma ferramenta útil para ajudar na produção de texto, mas nunca será capaz de substituir completamente os humanos”.

O que já intuímos foi confirmado antes mesmo de existir essa tecnologia. A ajuda é muito bem-vinda, mas o cérebro humano ainda é muito mais complexo e repleto de insights que nenhuma novidade é capaz de substituí-lo.

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