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Caso de sarampo confirmado no Brasil está em monitoramento e sob controle

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O estado do Rio Grande do Sul confirmou, no último dia 24, um caso importado de sarampo, procedente do Paquistão, sul do continente asiático. O paciente é uma criança menor de 5 anos, não vacinada, que chegou ao Brasil na última semana de dezembro de 2023, com destino ao município de Rio Grande.

Junto às secretarias municipal e estadual de saúde, equipes de vigilância em saúde e ambiente do Ministério da Saúde acompanham o caso confirmado por critério laboratorial e aguardam o resultado do sequenciamento genômico do vírus, em andamento no Laboratório de Referência Nacional da Fundação Oswaldo Cruz.

Diante da avaliação da cobertura vacinal da região, 120 mil doses de vacina tríplice viral foram enviadas ao estado. O Rio Grande do Sul registra cobertura de 94% para a primeira dose e de 68% para a segunda dose. Já o município de Rio Grande apresenta 59% de cobertura para a primeira dose e de 47% para a segunda. Além dessa avaliação e do envio de novas doses, 36 pessoas foram vacinadas de forma oportuna, entre familiares, vizinhos e profissionais de saúde. Também foi realizada busca ativa de casos em dois hospitais e em 15 unidades básicas de saúde do município.

De acordo com o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Eder Gatti, o último caso de sarampo identificado no Brasil foi no ano de 2022 e não houve registros de casos da doença em 2023. Em consequência disso, o país passou pela avaliação de um comitê internacional e foi certificado como área livre de transmissão de sarampo. Contudo, a doença ainda circula internacionalmente e, eventualmente, pode entrar no país. “É algo que pode acontecer. Mas quando se identifica o caso, medidas são tomadas: identificação de casos secundários e vacinação de bloqueio. Medidas que já foram tomadas pelas autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul”, afirma Gatti.

Para proteger a população, o diretor reforçou a recomendação da aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), oferecida gratuitamente pelas unidades de saúde municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças a partir de 1 ano até adultos de 59 anos.

“O Brasil precisa melhorar as suas coberturas vacinais e esse trabalho vem sendo feito. De 2016 para cá, as coberturas vacinais vêm caindo. Isso colocou a nossa população em vulnerabilidade e agora estamos trabalhando para recuperar essas coberturas. Em 2023 registramos melhoria, mas – para que a nossa população fique mais protegida – precisamos evoluir ainda mais. No Brasil, nós temos a vacina tríplice viral, que possui o componente de proteção do sarampo. O ideal é que as pessoas procurem a vacinação e coloquem a caderneta em dia”, disse o diretor.

Monitoramento

Durante o período da viagem da Ásia ao Brasil (Guarulhos/SP) e depois, Porto Alegre e Rio Grande, o caso não estava no período de transmissibilidade do sarampo. O monitoramento dos contatos está sendo realizado e, até o momento, não foram identificados casos suspeitos secundários. O município segue monitorando atendimentos com febre e exantema maculopapular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite.

Formas de transmissão e sintomas

O vírus do sarampo é transmitido de pessoa a pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes.

Entre os principais sinais da doença estão manchas vermelhas no corpo (exantema) e febre alta (acima de 38,5°) acompanhadas de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse seca, irritação nos olhos (conjuntivite), nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso.

A transmissão pode ocorrer entre 6 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo. Contudo, o sarampo é uma doença que se previne por vacinação. Os critérios de indicação da vacina são revisados periodicamente pelo Ministério da Saúde e levam em conta: características clínicas da doença, idade, ter adoecido por sarampo durante a vida, ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos.

A prevenção do sarampo está disponível no SUS em apresentações diferentes:

Dupla viral – Protege do vírus do sarampo e da rubéola. Pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto;
Tríplice viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba e rubéola;
Tetra viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).

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