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Tiroteio no carnaval de Magé, no RJ, deixa ao menos 2 mortos e 19 feridos

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Vídeos que circulam em redes sociais mostram pessoas jogadas no chão, ensanguentadas e desacordadas. Criança e mulher morreram na confusão.

Vídeo mostra várias pessoas no chão após tiroteio em Magé — Foto: Reprodução

Um tiroteio durante uma festa de rua no carnaval de Magé, na Baixada Fluminense, deixou ao menos 2 mortos e 19 feridos. Testemunhas contaram que uma confusão começou após uma discussão entre dois homens — um miliciano e um policial civil — por ciúmes de uma mulher, que seria esposa de um deles.

Os mortos são uma criança — Maria Eduarda Carvalho Martins, de 9 anos — e uma mulher, identificada como Gabriela Carvalho de Alvarenga, de 35 anos.

Um dos feridos é um homem, identificado como Paulo Vítor Barros da Silva, de 26 anos, que passou por cirurgia após ser baleado na cabeça. Ele está entubado e seu estado de saúde é considerado grave (veja mais abaixo quem são os feridos).

Gabriela Carvalho de Alvarenga, morto no tiroteio em Magé  — Foto: Reprodução
Gabriela Carvalho de Alvarenga, morto no tiroteio em Magé — Foto: Reprodução

O colégio Representação Educacional Almeida Júnior, onde Maria Eduarda estudava, em Imbariê, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, emitiu uma nota de pesar.

Colégio onde Maria Eduarda estudava emitiu uma nota de pesar  — Foto: Reprodução
Colégio onde Maria Eduarda estudava emitiu uma nota de pesar — Foto: Reprodução

“Foi uma confusão. Vi uma mulher grávida ferida, uma criança baleada na cabeça”, disse Igor Matheus, testemunha.

Alexsandro, pai de Paulo Vitor, disse que o filho estava no local com os amigos e não conhecia os envolvidos na confusão.

Paulo Vitor Barros, de 26 anos, levou um tiro na cabeça e passa por uma cirurgia — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Paulo Vitor Barros, de 26 anos, levou um tiro na cabeça e passa por uma cirurgia — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal.

“Tava próximo do local, aí dois infelizes, um atirou no outro. Pelo que disseram, isso aí foi por causa de mulher.”

Paulo Vítor está em cirurgia porque está com uma bala alojada na cabeça.

Alexsandro, pai de Paulo Vítor Barros, baleado na cabeça em Magé — Foto: Reprodução/TV Globo
Alexsandro, pai de Paulo Vítor Barros, baleado na cabeça em Magé — Foto: Reprodução/TV Globo.

Sebastião, pai do Thalisson de Abreu, um dos feridos, disse que não sabe como começou o tiroteio.

“Graças a Deus o quadro dele é estável, ele está conversando, veio tranquilizando a mãe dele no caminho.”

“Estou despedaçado. O que eu já botei de lágrima hoje não foi brincadeira. Eu queria estar no lugar dele lá dentro.”

Outras duas crianças e duas mulheres grávidas estão entre os socorridos para o Hospital Adão Pereira Nunes. Uma mulher baleada na barriga foi levada em estado grave para o Hospital Doutor Moacyr do Carmo.

Vídeos que circulam em redes sociais mostram muitas pessoas sendo socorridas na orla da Praia de Mauá. Pelo menos duas pessoas aparecem jogadas no chão, ensanguentadas e desacordadas.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada e informou que a ocorrência está em andamento.

A Polícia Militar informou que foi acionada para verificar uma confusão envolvendo baleados em um bloco de rua na Praia de Mauá, em Magé, após duas pessoas trocarem tiros durante uma confusão (veja a nota completa mais abaixo).

A prefeitura de Magé, em nota, disse que lamenta profundamente o ocorrido durante a dispersão do Bloco das Piranhas. A prefeitura diz ainda que uma briga envolvendo um policial pode ter sido a origem do tiroteio.

A prefeitura diz que, apesar de não promover o carnaval, dava apoio aos blocos, com o efetivo de mais de 40 homens da Guarda Civil e da Ordem Pública, 120 seguranças privados e apoio do 34° BPMERJ.

A prefeitura determinou ainda a suspensão do apoio à programação do carnaval na cidade e fez um apelo para que todos os blocos cancelem os seus desfiles.

Quem são as vítimas

A Prefeitura de Caxias, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que 16 feridos foram levados para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) — o chamado Hospital de Saracuruna.

Seguem os nomes e o estado de saúde:

  1. Romário Coutinho da Silva, 51 anos, tiro na mão direita – internado, estável;
  2. Samires Marques, 21 anos (gestante), tiro na perna esquerda e pé direito – após avaliação médica e exames recebeu alta às 5h20;
  3. Flávio Serafim da Silva Júnior, 40 anos, tiro na barriga, costas e perna esquerda – passou por cirurgia e segue internado, com quadro estável;
  4. Alaíde Stepanie de Oliveira Cunha, 25 anos, tiro na perna esquerda – após avaliação médica e exames recebeu alta às 5h20;
  5. Everton Ribeiro Teixeira, 35 anos, tiro na virilha direita – após avaliação médica e exames recebeu alta;
  6. Wanderson Xavier Santana, 35 anos, tiro na perna esquerda – após avaliação médica e exames recebeu alta às 5h20;
  7. Christian Mendes da Silva Maricá, 28 anos, tiro na perna esquerda – passou por cirurgia e segue internado, com quadro estável e lúcido;
  8. Marcos de Souza Santos, 51 anos, tiro no abdômen – passou por cirurgia e segue internado, com quadro estável e lúcido;
  9. Rodolfo Paulo de Brito Santos, 37 anos, tiro no abdômen – passou por cirurgia e segue internado, com quadro grave;
  10. Bryan Rodrigues Horta, 6 anos, tiro no pé esquerdo – segue internado, com quadro estável e lúcido;
  11. João Pedro Marques de Lima, 11 anos, tiro no pé esquerdo – passou por cirurgia e segue internado, com quadro estável;
  12. Vítor Costa da Silva, 24 anos, tiro no pé direito – passou por cirurgia e segue internado, com quadro estável;
  13. João Maria de Lima, 39 anos, ferido na coxa direita – segue em avaliação pela equipe de cirurgia geral;
  14. Paulo Vítor Barros da Silva, de 26 anos, ferido na cabeça, ombro, perna e tórax – passou por cirurgia, está entubado e seu estado de saúde é grave;
  15. Thalisson de Abreu, de 15 anos, ferido na coxa direita – segue internado, com quadro estável.

Monica de Pinho Ramos, 34 anos, levou um tiro na na coxa direita e abdômen. Ela deu entrada no Adão Pereira Nunes, mas foi transferida para o Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo.

A paciente foi avalidada pela cirurgia geral e o tiro foi apenas subcutâneo. Ela não precisou de cirurgia e não tem fratura, mas segue internada para observação e controle da dor.

Não há informações sobre os outros feridos.

Nota da PM

“A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, na noite deste domingo (19/02), policiais militares do 34° BPM foram acionados para verificar uma confusão envolvendo baleados em um bloco de rua, na praia de Mauá, em Magé.

De acordo com as primeiras informações, cerca de 15 pessoas ficaram feridas por disparos de arma de fogo após dois indivíduos trocarem tiros durante uma confusão. Duas delas foram a óbito. O Corpo de Bombeiros foi acioando e está no local atendendo as vítimas.

Ainda de acordo com informações preliminares, um dos envolvidos na troca de tiros seria um criminoso conhecido pelo vulgo “Bu” e teria iniciado o confronto. Ele foi baleado no tórax e deu entrada no Hospital de Saracuruna. O segundo envolvido foi ferido na perna. Ocorrência em andamento.”

Nota da Prefeitura de Magé

“A Prefeitura de Magé lamenta profundamente o ocorrido durante a dispersão do Bloco das Piranhas, neste domingo (19), por volta das 23h, em Mauá, quando uma briga resultou em dois óbitos já confirmados: de uma mulher de 35 anos e uma criança de 9 anos, ambos moradores do distrito de Mauá. Quinze feridos também foram encaminhados para hospitais da região. Ambulâncias do Corpo de Bombeiros de Magé e Campos Elíseos participaram do resgate.

O governo municipal, após o lamentável incidente, vai proibir, por meio de um decreto, qualquer atividade relacionada à saída de blocos na cidade até o final do feriado de Carnaval.

Apesar de não promover nenhuma atividade oficial durante o Carnaval, a Prefeitura de Magé estava apoiando os blocos, com o efetivo de mais de 40 homens da Guarda Civil e da Ordem Pública, além de 120 seguranças privados. O 34° BPMERJ também estava com vários destacamentos fornecendo segurança e apoio durante a festividade.

As redes de Saúde e Assistência Social da Prefeitura de Magé estão dando todo o suporte às vítimas e familiares.”

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