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STF decide formato de depoimento de Bolsonaro sobre interferência na PF

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Ministros da corte devem se reunir nesta quinta, dia 8, para decidir se Bolsonaro depõe por escrito ou pessoalmente sobre demissão de diretor da PF

Julgamento deverá ser o último do qual participa Celso de Mello, que vai se aposentar (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Divulgação)

Começa nesta quinta-feira, 9, mais uma etapa do inquérito sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na autonomia da Polícia Federal. Por determinação do ministro Luiz Fux, deverá ser decidido hoje o formato do depoimento do presidente Jair Bolsonaro à Polícia Federal em função das denúncias de sua ingerência junto à instituição.

No final de abril, o ex-ministro Sérgio Moro anunciou seu pedido de demissão e alegou que o desligamento do diretor-geral da Polícia Federal à época, Maurício Valeixo, e do comando na instituição no Rio de Janeiro teve como causa uma interferência de Bolsonaro.

A investigação sobre denúncia não demorou a ser autorizada pela Justiça, mas o caso acabou se tornando uma novela. Passados seis meses, pouco se caminhou no processo. Agora, nesta quinta, os ministros do STF devem finalmente julgar o pedido de revogação, feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) da decisão que determinava que Bolsonaro prestasse seu depoimento pessoalmente à Polícia Federal.

No julgamento, no entanto, há muito mais em jogo do que o formato do depoimento do presidente. Será a última ação da qual o ministro Celso de Mello deve participar, já que ele vai se aposentar no próximo dia 13. Nos bastidores do STF, comenta-se que o julgamento deverá ser uma disputa de forças entre os apoiadores do ministro Marco Aurélio, que defende o depoimento por escrito, e dos decanos que gravitam ao redor de Celso de Mello.

Enquanto Celso de Mello estava em licença-médica, em função da necessidade da realização de uma cirurgia, Marco Aurélio suspendeu a decisão do colega de manter o depoimento presencial. Quando voltou ao trabalho, Celso de Mello revogou esse despacho e pediu que o caso fosse incluído no plenário da corte.

Houve até participação pública do procurador-geral da República, Augusto Aras, que se manifestou a favor do recurso apresentado pela defesa do presidente. Como será o último julgamento de Celso de Mello, conhecido por ser prolífico em seus pronunciamentos, paira a dúvida sobre o tempo necessário para se chegar a um parecer. Existe a possibilidade de que o julgamento possa se estender até esta sexta-feira, dia 9.

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