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Sob ameaça da inelegibilidade, Bolsonaro afirma que Michelle pode ser candidata à presidência

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ex-presidente frisou, no entanto, a falta de experiência da ex-primeira-dama e a dificuldade de trato com parlamentares inerente ao cargo

Às vésperas do desfecho do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode deixá-lo inelegível, Jair Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que sua esposa, Michelle Bolsonaro, pode sair candidata à Presidência da República nas próximas eleições, apesar da falta de experiência. A declaração foi dada em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

“Se ela quiser, ela pode sair candidata. Mas o que eu converso com a Michelle é que ela não tem experiência. Para ser prefeito de cidade pequena já não é fácil. Lidar com 594 parlamentares (soma de deputados e senadores) não é fácil também. Eu acredito que ela não tem experiência para isso, mas é excelente cabo eleitoral”, disse o ex-presidente.

A conversa com a publicação ocorreu após um jantar na casa do ex-secretário de comunicação Fábio Wajngarten, que contou com advogados e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. A coluna do Lauro Jardim, no GLOBO, já havia antecipado a possibilidade de Michelle concorrer em 2026, mas em uma das vagas ao Senado Federal. Além do aval do marido, a ex-primeira-dama também passou a admitir internamente que pode aceitar a missão, em conversas recentes com interlocutores.

À publicação, o ex-presidente também comentou a hipótese de que o governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), concorra à presidência em 2026. “É um excelente gestor”, resumiu, ponderando que um eventual apoio ao governador dependeria de outros fatores: “Teria que conversar com ele”.

Bolsonaro, no entanto, tergiversou ao ser questionado sobre outras possíveis alternativas ao seu próprio nome caso sua inelegibilidade se confirme no TSE: “Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar”, afirmou.

Na ação ajuizada pelo PDT que tramita na Corte Eleitoral, Jair Bolsonaro pode ficar até oito anos fora da corrida eleitoral por conta da reunião que teve com embaixadores em julho do ano passado, no Palácio do Alvorada. Na ocasião, o então presidente, sem apresentar provas, proferiu ataques ao sistema eleitoral e a membros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O julgamento começou na última quinta-feira, com a leitura do relatório, falas de acusação e defesa e parecer do Ministério Público Eleitoral e segue, nesta terça-feira, com o voto do relator e dos demais ministros. Caso seja necessário, a análise da ação ainda poderá seguir até a próxima quinta, se não houver pedido de vista.

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