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Ressaca pós-discurso de Powell, Caged, Grupo Mateus troca CEO e o que mais move o mercado

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Duras declarações de presidente do Federal Reserve mantêm aversão ao risco no mercado internacional

Carteira de trabalho: Mercado espera criação de 258.000 empregos formais em julho (Amanda Perobelli/Reuters)

O mercado financeiro segue digerindo o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, realizado na última sexta-feira, 26, no Simpósio de Jackson Hole. O recado do chairman do banco central mais importante do mundo foi claro de que não será conivente com as elevadas taxas de inflação dos Estados Unidos.

Duras declarações, como “lições” aprendidas com o afrouxamento “prematuro” da política monetária em décadas anteriores e menções diretas ao ex-presidente do Fed Paul Volcker, serviram de gatilho para maior aversão ao risco entre investidores. Bolsas dos Estados Unidos caíram mais de 3% na sexta e seguem em movimento de queda no mercado de futuros desta segunda-feira, 29. Os juros americanos, que apresentaram menor volatilidade logo após o discurso, aos poucos, vêm precificando uma condução mais contracionista da política monetária.

Powell afirmou que a magnitude da próxima alta de juros vai depender da “totalidade dos dados” que serão divulgados até a reunião de setembro — o que, segundo economistas, pode aumentar a tensão em vésperas de divulgações relevantes para a decisão do Fed. Uma deles será a do payroll, que trará o panorama do mercado de trabalho americano nesta sexta-feira, 2.

Números acima do esperado para a criação de empregos devem aumentar ainda mais as preocupações sobre as políticas do Fed. Powell, por sinal, sinalizou que o controle da alta de preços deverá passar por maior desemprego no país, ao citar o maior número de vagas em relação à oferta de mão de obra serve como gatilho para a inflação de salários. A taxa de desemprego encerrou agosto em 3,5%, abaixo do nível pré-pandemia de fevereiro de 2020, quando estava em 3,6%. No auge da crise sanitária, a taxa chegou a 14,7%.

Temores sobre o Federal Reserve e os possíveis efeitos na maior economia do mundo serão um teste de fogo para o mercado brasileiro, que tem apresentado melhor performance em relação a Wall Street. Na sexta, bolsas americanas jogaram o Ibovespa para baixo e, nesta manhã, o ETF EWZ, que representa bolsas brasileiras em Nova York, cai quase 1% no pré-mercado.

Desempenho dos indicadores às 7h50 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): – 0,73%
  • S&P 500 futuro (Nova York): – 0,78%
  • Nasdaq futuro (Nova York): – 0,96%
  • DAX (Frankfurt): – 1,22%
  • CAC 40 (Paris): – 0,93%
  • Stoxx 600 (Europa): – 1,11%
  • Hang Seng (Hong Kong)*: – 0,73%
  • Shangai Composite (Xangai)*: + 0,14%

Focus e Caged

Mas por aqui, com ciclo de alta de juros próximo do fim e a taxa de desemprego ainda em dois dígitos, dados mais fortes economia local tem sido motivo de comemoração — ainda que por efeitos paliativos e medidas temporárias (como aumento de programas sociais e corte de impostos sobre combustíveis). Nesta segunda, expectativas de mercado para os principais indicadores do país, como PIB, inflação e câmbio, serão atualizadas pelo boletim Focus do Banco Central.

Também serão divulgados nesta segunda dados do Caged. A expectativa, segundo consenso da Bloomberg, é de que tenham sido criados 258.000 empregos formais em julho contra 277.944 do mês anterior.

Mateus, fundador do Grupo Mateus, deixa cargo de CEO

O fundador do Grupo Mateus, Ilson Mateus, anunciou sua saída do cargo de CEO, que será ocupado por Jesuíno Martins Borges Filho, atual presidente do Conselho. Mateus, que atualmente também ocupa a vice-presidência do Conselho, passará a ser o presidente. A vice-presidência do Conselho será ocupada por seu filho, Ilson Mateus Rodrigues Junior, que já atuava como conselheiro do grupo.

BB adianta JCP

O Banco do Brasil antecipou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas referente ao exercício do terceiro trimestre para o dia 30 de setembro. O valor será de R$ 0,274  por ação, tendo como referência a posição acionária do dia 12 de setembro.

 

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