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Reação aos balanços da Vale e Petrobras, PIB na Europa, inflação nos EUA e o que mais move o mercado

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ADRs da Petrobras disparam no pré-mercado dos Estados Unidos, após resultado do segundo trimestre superar estimativas do mercado

Petrobras: ADRs disparam nos EUA (Sergio Moraes/Reuters)

O rali para ativos de risco se estende para esta sexta-feira, 29, com as bolsas em alta e o dólar em queda no mundo. Índices de ações dos Estados Unidos e Europa caminham para fechar julho com o melhor desempenho mensal desde novembro de 2020, após um início de ano marcado por duras perdas. Por trás do melhor humor do mercado estão expectativas de que o Federal Reserve (Fed) faça um aperto monetário mais suave do que o esperado.

As altas iniciaram na semana passada, com investidores abandonando a ideia de que o Fed subiria os juros em 1 ponto percentual na decisão desta semana. A confirmação do ajuste mais brando, de 0,75 ponto percentual, e declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, consideradas menos contracionistas do que o esperado alimentaram ainda mais o tom positivo nos últimos dias. O consenso para a próxima reunião é de redução do ritmo de alta de juro para 0,5 ponto percentual, levando a taxa para o intervalo de 2,75% e 3%.

Enquanto aguardam a próxima reunião do Fed, de setembro, economistas seguem atentos aos dados de atividade dos Estados Unidos. O PIB abaixo do esperado para o segundo trimestre, divulgado ontem, colocou a maior economia do mundo em uma recessão técnica — o que, embora negativo, tende a impedir uma guinada contracionista do Fed.

Mas o Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) pode pressionar o banco central americano para manter o ritmo de 0,75 p.p. de alta. O dado, que será divulgado às 9h30 desta sexta, é um dos principais termômetros de inflação do Fed. O consenso para o núcleo do PCE, referente a junho, é de 0,5% de alta, com manutenção do acumulado de 12 meses em 4,47%.

Investidores também seguem atentos aos dados da economia europeia., O PIB da Zona do Euro, divulgado nesta manhã, cresceu 0,7% ante expectativa de 0,2% de alta. Na comparação anual, o PIB também desacelerou menos que o esperado, de 5,4% para 4%. Ainda que reduza as perspectivas de recessão do Velho Continente, os números de atividade também foram acompanhados de uma maior inflação. O Índice de Preço ao Consumidor da Zona do Euro subiu de 8,6% para 8,9%.

No Brasil, investidores devem reagir aos principais balanços corporativos da última noite, tendo entre os mais aguardados os da Vale e Petrobras.

Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,29%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,69%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 1,10%
  • FTSE 100 (Londres): + 1,21%
  • DAX (Frankfurt): + 1,03%
  • CAC 40 (Paris): + 1,22%
  • Hang Seng (Hong Kong): – 2,26%
  • Shangai Composite (Xangai): – 0,89%
  • Nikkei 225 (Tóquio): – 0,05%

Petrobras

A Petrobras (PETR4) apresentou Ebitda de R$ 98,26 bilhões, 26% acima do registrado no mesmo período de 2021 e superior ao consenso da Bloomberg, que era de R$ 91,31 bilhões. O lucro líquido também saiu bem acima do esperado, ficando em R$ 54,3 bilhões ante mediana de mercado de R$ 35,72 bilhões. As ADRs disparam mais de 6% no pré-mercado americano, indicando um pregão de forte alta para as ações na B3. O preço do petróleo, que sobe cerca de 2% nesta manhã, também contribui com o movimento. A companhia anunciou ontem que irá pagar R$ 6,73 por ação em dividendos,

Vale

A reação ao balanço da Vale (VALE3), também divulgado ontem, é mais comedida. As ADRs da mineradora operam em leve queda nos Estados Unidos, após apresentar redução significativa do Ebitda ajustado em R$ 6,9 bilhões frente ao primeiro trimestre para R$ 25,8 bilhões. A redução, segundo a companhia, foi reflexo de preços mais baixos do minério de ferro. No mesmo período do ano passado, quando o minério operava próximo das máximas históricas, o Ebtida ajustado da Vale foi de R$ 59 bilhões. A Vale anunciou R$ 17 bilhões em dividendos.

Usiminas

Quem também deve apresentar um pior momento operacional é a Usiminas (USIM5), também exposta à variação do preço do minério. A siderúrgica será a primeira entre as grandes do país a reportar resultado do segundo trimestre. O balanço está previsto para antes do pregão desta sexta.

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