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Portas não estão fechadas para Sputnik V, diz gerente da Anvisa

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Mendes disse que, com os dados que recebeu sobre a vacina até o momento, a conclusão da área técnica da Anvisa foi de que o balanço risco-benefício da Sputnik V não compensa

Anvisa: ele lembrou, ao mesmo tempo, que os responsáveis pela vacina russa podem encaminhar à agência dados e documentos que a Anvisa entendem serem necessários (Akhtar Soomro/Reuters)

As portas não estão fechadas para a vacina russa contra covid-19 Sputnik V, disse nesta terça-feira o gerente de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, um dia depois de o órgão regulador rejeitar pedidos feitos por Estados para importar o imunizante.

Em audiência em comissão da Câmara que acompanha a pandemia, Mendes disse que, com os dados que recebeu sobre a vacina até o momento, a conclusão da área técnica da Anvisa foi de que o balanço risco-benefício da Sputnik V não compensa.

Ele lembrou, ao mesmo tempo, que os responsáveis pela vacina russa podem encaminhar à agência dados e documentos que a Anvisa entendem serem necessários e, como existem outros procedimentos que tratam da Sputnik V em aberto no órgão regulador, as portas para o imunizante não foram fechadas.

Uso da Sputnik V em outros países não responde perguntas da Anvisa, diz gerente da agência

O fato de a vacina contra Covid-19 Sputnik V estar sendo usada em outros países não responde aos questionamentos sobre o imunizante feitos pela Agência Nacional de Vigilânca Sanitária (Anvisa), disse o gerente de medicamentos do órgão regulador, Gustavo Mendes, nesta terça-feira, um dia depois de a Anvisa rejeitar pedido de importação.

Em audiência na Câmara dos Deputados, o gerente da Anvisa repetiu os argumentos apresentados na véspera para recomendar a rejeição do pedido de importação da vacina russa –acatada por unanimidade pela diretoria colegiada da agência.

“O argumento de que tem sido utilizada em outros países –na Argentina, na Rússia e em outros países que têm a vacina aprovada nas agências reguladoras– não respondeu às nossas questões. Por mais que tivéssemos feito esforços para entrar em contato com essas agências reguladoras, colocar essas questões para eles, mas esses dados não foram apresentados para gente”, disse Mendes.

Ele também rebateu o argumento de que a vacina deveria ter sido autorizada após a publicação de dados de eficácia do imunizante na revista científica The Lancet.

“A revista científica The Lancet tem um foco diferente de uma agência reguladora”, disse. “Em nenhum momento o objetivo de uma revista científica é aprovar ou não, recomendar ou não o uso de uma vacina em larga escala. O objetivo é avaliar e reportar dados científicos.”

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