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Pontão no Lago Sul é alvo de processo no Tribunal de Contas do DF por uma série de irregularidades

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Foto: TV Globo/Reprodução

O Pontão do Lago Sul é alvo de processo no tribunal de contas do Distrito Federal(TCDF) por uma série de irregularidades.

 A área deveria ter um museu, memorial, ciclovias, quadras de esportes e área de cooper que não foram implementadas pela concessionária responsável pela administração do local (confira mais detalhes abaixo).

Em nota, a administração do Pontão disse que, “por desconhecimento dos autos do processo, só vai se manifestar depois da análise dos documentos”.

O Pontão, que fica nas margens do Lago Paranoá, possui 134 mil m² de área pública. Em 1996 o Governo do Distrito Federal (GDF) transferiu a administração para a Empresa Sul Americana de Montagens (Emsa). O contrato é de 30 anos.

A empresa, que explora os espaços comerciais, repassa um valor mensal ao GDF. No entanto, de acordo com o contrato de concessão, assinado pela Terracap, o Pontão do Lago Sul deve ter uma estrutura maior e com mais benefícios ao público.

A TV Globo teve acesso ao processo que corre no Tribunal de Contas do Distrito Federal.O documento aponta falhas médicas e graves na execução do contrato

 A conclusão é resultado de auditoria feita pela Terracap e pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, entre os meses de março e junho de 2021 e uma outra auditoria, de março de 2023.

Confira as irregularidades apontadas no processo

  • No Pontão seriam implantados equipamentos culturais como um anfiteatro para 800 espectadores, mas o anfiteatro não foi edificado no local previamente definido.
  • O memorial, o museu e o coreto não foram construídos.
  •  No módulo 09, destinado à construção de um museu, foi edificado um restaurante.
  • No projeto básico consta a recuperação do campo de futebol existente e o playground
  • com instalação de quadras poliesportivas, pistas de cooper e churrasqueiras. Segundo os auditores, estes itens não foram implementados.
  • Não há equipamentos de apoio aos esportes e o lazer náutico como a pesca e os trapiche foram construídos em locais distintos ao iniciante previsto.
  • Não foram construídos pedalinhos previstos, nem houve a instalação de deck apropriado para esse propósito.
  • Não foi construída uma marina prevista para acomodar mais de 50 embarcações de vela e Jet-Skis.
  • Não foi construído estacionamento de embarcações com rampas e instalações para locação, guarda e oficina de Jet-Skis e equipamentos náuticos
  • Não foi construída uma ciclovia com dois metros de largura em mão única e asfalto, num total de 1.500 metros.

Ainda segundo o relatório do Tribunal. de Contas, das 16 propostas para correção das irregularidades encontradas na auditoria, apenas 13,33% foram efetivamente atendidas. Outras 6.67% não foram atendidas, cerca de 33,33% se encontram em fase de atendimento e 46,67% estão pendentes de implementação.

O plenário do Tribunal de Contas determinou que a Terracap tome providências para resolver as irregularidades na execução do contrato. O TCDF deu prazo de 60 dias para a Controladoria Geral do DF responder quais medidas foram implementadas.

O Tribunal de Contas também concluiu no processo que a Terracap não aplicou sanções ou multas à concessionária que administra o Pontão.

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