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Pfizer antecipará entrega de 2 milhões de doses de vacina para o Brasil, diz ministro da Saúde

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Primeira remessa de 1 milhão de doses acontece em abril e as demais ao longo de maio e junho

BRASÍLIA— O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira a antecipação de 2 milhões de doses da vacina da Pfizer para o primeiro semestre. A previsão é de que 1 milhão de doses cheguem já em abril, segundo informou sua assessoria, e as demais ao longo de maio e junho.

Cronograma divulgado em março pela pasta previa a entrega de 13,5 milhões de doses em maio, que seriam o lote total de entregas do primeiro semestre. Agora, com a antecipação de 2 milhões de unidades, o Brasil totalizará 15,5 milhões de doses do imunizante da Pfizer até junho.

— Uma boa notícia é justamente a antecipação de doses da vacina Pfizer, fruto de uma ação direta do presidente da República Jair Bolsonaro com o executivo principal da Pfizer, que resulta em 15,5 milhões de doses da Pfizer já no mês de abril, maio e junho— anunciou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em pronunciamento no Palácio do Planalto.

O Ministério da Saúde tem um contrato para aquisição de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer, mas a maior parte deve ser entregue apenas no segundo semestre deste ano.

Além do ministro, participaram do pronunciamento o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG); o deputado federal Luizinho (PP-RJ), que representou o presidente da Câmara, Arthur Lira, devido à morte do deputado federal Schiavinato (PP-PR); e a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fontana, que chefiará a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. Na véspera, foi anunciado que o ministro participaria uma entrevista coletiva. Ao final da sua fala, no entanto, não foram permitidas perguntas dos jornalistas.

O pronunciamento ocorreu após a segunda reunião do comitê criado para organizar o combate à pandemia no Brasil. A reunião contou também com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

O comitê, criado no mês passado, é formado por Bolsonaro, Lira e Pacheco, além de um representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Queiroga atua como secretário-executivo.

O deputado Luizinho criticou a distribuição de doses de vacina feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no âmbito do consórcio Covax Facility. Segundo ele, a OMS tem priorizado países com situação de menor gravidade em comparação com o Brasil.

— Abrir os olhos da OMS que no programa Covax Facility tem deixado o Brasil de lado. A OMS privilegiou países que não têm a pandemia e a circulação viral que Brasil tem— disse.—  Em 31 milhões de doses enviadas pelo Covax Facility, somente 2,2 milhões chegaram às Amércias, e ao nosso país chegou cerca de um milhão de doses. Precisamos que a OMS entenda a relevância e a importancia do acolhimento aos brasileiros.

A crítica foi endossada pelo ministro Marcelo Queiroga, no entanto, o Brasil foi um dos últimos países a aderir ao consórcio. A lei que autorizou a adesão à aliança global foi sancionada somente em março de 2021. Além disso, o país optou por uma cobertura mínima no consórcio, que prevê quantidade de doses relativa à 10% de sua população, quando poderia ter escolhido uma remessa referente a até 50% dos brasileiros. Após assumir a pasta, o ministro Marcelo Queiroga tem tentado por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) ampliar a participação do país no Covax Facility.

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