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Pacheco ganha apoio do MDB, mas perde voto de três senadores dentro do próprio partido, o PSD

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Expectativa é de que nove parlamentares do MDB votem em Rodrigo Pacheco. Nelsinho Trad, Lucas Barreto e Dr. Samuel Araújo divergem do PSD e anunciam apoio a Rogério Marinho.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Rogério Marinho (PL-RN) vão disputar presidência do Senado — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado e Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O MDB declarou nesta terça-feira (31), um dia antes da eleição do Senado, apoio ao atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O partido faz parte da base aliada do governo Lula, que trabalha pela reeleição de Pacheco.

▶️ Votos da bancada do MDB: No dia do pleito, o partido será a terceira maior bancada do Senado, com 10 senadores.

  • Apenas uma senadora da legenda, Ivete da Silveira (MDB-SC), disse que vai escolher o adversário de Pacheco na eleição, Rogério Marinho (PL-RN).
  • A expectativa é de que os outros nove senadores da sigla votem em Pacheco.
  • Como a votação é secreta, por mais que um partido feche questão em torno do nome de um candidato, traições costumam acontecer.
  • Se Pacheco vencer, o acordo é para que Veneziano Vital do Rêgo (PB), do MDB, continue na primeira vice-presidência. A primeira- secretaria deve ficar com Rogério Carvalho (SE), do PT, sigla que também pleiteia alguma comissão permanente.
  • O líder do partido, Eduardo Braga (AM), pontuou que a bancada está “unida”. Para ele, o atual presidente do Senado tem “compromisso com a democracia” e com “programas de geração de emprego e renda”.
  • A eleição está marcada para esta quarta-feira (1º), às 16h.

▶️ ‘Traições’ no PSD: Três senadores do partido de Rodrigo Pacheco, o PSD, anunciaram que votarão no principal adversário do mineiro na disputa, Rogério Marinho.

  • Nelsinho Trad (PSD-MS), que era líder da bancada, Lucas Barreto (PSD-AP) e Dr. Samuel Araújo (PSD-RO) declararam voto ao lado de Marinho em coletiva de imprensa.
  • O PSD é a maior bancada da Casa, com 15 senadores.
  • Uma liderança do PL disse, nos bastidores, que espera 7 votos do partido do Pacheco.
  • Contudo, a sigla ainda faz parte da base do governo, que apoia o atual presidente do Senado.

▶️ Votos do União Brasil: Na segunda (30), o líder do partido e principal cabo eleitoral de Pacheco, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou independência da bancada.

  • Isso aconteceu porque ao menos dois senadores da legenda devem votar em Marinho.
  • Os votos contra Rodrigo Pacheco no União Brasil devem vir dos senadores Alan Rick (AC) e Sérgio Moro (PR).
  • Principal articulador da reeleição do mineiro, Alcolumbre é motivo de insatisfação dentro do partido de Pacheco. Senadores do PSD querem mais espaço na Mesa e nas comissões e se sentem preteridos nas negociações de Alcolumbre.
  • Alcolumbre, que foi aliado de Bolsonaro, já estabeleceu uma boa relação com o presidente Lula, e conseguiu indicar três aliados para ministérios.

Perfis diferentes

▶️ Pacheco: nesta terça, afirmou que “não abre mão da independência do Legislativo” e disse que sua candidatura “representará nos próximos dois anos o esteio de estabilidade, de diálogo, de cooperação com os demais poderes”.

  • Pacheco se distanciou do bolsonarismo radical à medida que o primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro intensificou as ameaças golpistas e o questionamento ao resultado das urnas.

▶️ Marinho: argumenta que o Senado assumiu posição “omissa” diante do Judiciário que, para ele, legisla sobre matérias que competem ao parlamento. Nesta terça, Marinho disse que quer fazer com que a Casa seja “protagonista”.

  • O ex-ministro de Bolsonaro se beneficia da presença de uma ala bolsonarista na Casa e do descontentamento com a política de Alcolumbre na gestão Pacheco. O PL, partido do ex-presidente da República, é a segunda maior bancada, com 13 congressistas.

Apoios públicos

▶️ Marinho: tem mais apoios públicos individuais. Até agora, manifestaram publicamente voto no candidato do PL:

  • Alan Rick (União-AC), Sergio Moro (União-PR), Ivete da Silveira (MDB-SC), Dr Samuel Araújo (PSD-RO), Nelsinho Trad (PSD-MS), Lucas Barreto (PSD-AP), Izalci Lucas (PSDB-DF), Marcos do Val (Pode-ES).
  • Outro que sinalizou voto no senador eleito é Alessandro Vieira (PSDB-SE). Dessa forma, ninguém do PSDB deve votar em Pacheco, já que Plínio Valério (PSDB-AM) disse que votará no terceiro candidato da disputa, Eduardo Girão (Pode-CE).

▶️ Pacheco: o atual presidente do Senado é alvo de uma campanha de bolsonaristas nas redes sociais contrários à sua reeleição. Uma senadora relatou que recebeu mais de 2 mil e-mails em apenas um fim de semana com as frases: “mal elemento vota em Pacheco” e “você será expulsa da vida política”.

  • Como contraponto à rede bolsonarista, artistas, como Caetano Veloso, declararam nas redes apoio a Pacheco.

Veja como está a divisão dos partidos

▶️ Apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco: até agora seis partidos declararam apoio ao senador mineiro. As bancadas representam 42 senadores, mas nem todos os parlamentares devem seguir o voto defendido por suas legendas. Confira a seguir:

  • PSD: 15 senadores;
  • MDB: 10 senadores;
  • PT: 9 senadores;
  • PDT: 3 senadores;
  • PSB: 4 senadores;
  • Rede: 1 senador.

▶️ Apoio à eleição do senador Rogério Marinho: por enquanto, três partidos declararam ser favoráveis a Marinho. Juntos, eles somam 23 senadores. O número de votos pode aumentar, pois senadores de outras siglas já anunciaram apoio à sua candidatura. Veja abaixo:

  • PL: 13 senadores;
  • PP: 6 senadores;
  • Republicanos: 4 senadores.

▶️ Partidos independentes: outros três partidos declararam independência da bancada, sem orientação para a escolha entre os candidatos à presidência do Senado. As legendas somam 16 senadores. Confira quais são:

  • União Brasil: 9 senadores;
  • Podemos: 4 senadores;
  • PSDB: 3 senadores.

 

 

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