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Número de registros de arma de fogo aumenta 79%, no DF

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De acordo com PF, em janeiro de 2022, foram registradas 180 novas armas, na capital; no mesmo período deste ano, foram 323. Entre 2021 e ano passado, crescimento foi de 13,7%.

Homem segura uma arma no clube de tiro ‘Calibre 12’ (imagem de arquivo) — Foto: Daniel Ramalho/AFP/Arquivo

O número de registros de armas de fogo aumentou 79,4% em janeiro de 2023, quando comparado ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da Polícia Federal. Somente no primeiro mês do ano, foram expedidas 323 licenças de novas armas para cidadãos na capital. Já no ano passado, também em janeiro, o número de registros ficou em 180.

Com relação ao número de registros por ano, em 2022, foram registradas 3.908 novas armas entre cidadãos. O quantitativo é 13,7% maior que o de 2021, quando foram registradas 3.435 armas, e 64,7% maior que o de 2020, quando 2.373 pessoas pediram o licenciamento de armas de fogo novas.

Os números não levam em consideração armas de servidores públicos, órgãos públicos, segurança privada, entre outros.

De acordo com especialistas ouvidos pela TV Globo, esses números são preocupantes. “A gente sabe que as armas legais tem cada vez mais abastecido o mercado ilegal. Então é preciso ficar bastante atento pra essa migração no DF”, aponta Carolina Ricardo, do Instituto Sou da Paz.

De acordo com a Polícia Federal, o número de armas de fogo aumentou, principalmente, entre os cidadão comuns. Atualmente, o Distrito Federal tem 13.035 armas de fogo registradas entre este público.

Veja os números de armas registradas por ano entre cidadãos:

  • 2023 (até janeiro): 323
  • 2022: 3908
  • 2021: 2373
  • 2019: 701
  • 2018: 821

Recadastramento de armas

O governo federal deu o prazo de 60 dias para donos de armas registrá-las no sistema da Polícia Federal. A decisão é concentrar todos os registros de armas de fogo em um só lugar: o Sistema Nacional de Armas (Sinarm).

O prazo vale para todas as armas hoje em posse de civis, sejam de uso permitido ou de uso restrito, e mesmo que já estejam registradas em outros sistemas, como o do Exército. O recadastramento já estava previsto no primeiro decreto assinado sobre o tema pelo presidente Lula, no dia 1º de janeiro.

“A necessidade de recadastrar essas armas junto a PF é uma tentativa de ter um olhar mais amplo sobre todas as armas que estão em circulação. E acreditamos que esse diagnóstico vai contribuir pra uma melhor política de controle de armas e diminuir, inclusive, o risco dessa migração legal pro ilegal”, explica Carolina Ricardo.

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