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Novo terremoto atinge a Turquia duas semanas após tremor que matou 41 mil

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O tremor, com epicentro ao sul da cidade de Antioquia, ocorreu às 20h04 no horário local (14h04 de Brasília), segundo dados do Observatório Kandilli, em Istambul

(Yasin Akgul/AFP)

Um novo terremoto de 6,4 graus de magnitude abalou nesta segunda-feira, 20, a província de Hatay, na Turquia, uma das mais afetadas pelos terremotos de 6 de fevereiro que deixaram pelo menos 41 mil mortos só no país, além de outros 5 mil na vizinha Síria.

Ao todo, foram três pessoas mortas e mais de 200 em partes da Turquia. Autoridades disseram que mais prédios desabaram, prendendo os ocupantes, e várias pessoas ficaram feridas na Turquia e na Síria.

terremoto de hoje foi centrado na cidade de Defne, na província de Hatay, na Turquia, uma das regiões mais atingidas no terremoto de magnitude 7,8 ocorrido em 6 de fevereiro. Ele foi sentido na Síria, Jordânia, Chipre, Israel e até no Egito, e foi seguido por um segundo tremor de magnitude 5,8.

O ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, disse que três pessoas morreram e 213 ficaram feridas. Esforços de busca e resgate estavam em andamento em três prédios desabados, onde um total de cinco pessoas estariam presas.

Vários prédios desabaram no novo terremoto, prendendo as pessoas lá dentro, disse o prefeito de Hatay, Lutfu Savas. Ele disse à televisão NTV que podem ser pessoas que voltaram para casa ou estavam tentando retirar seus móveis de prédios danificados.

O vice-presidente turco Fuat Oktay disse que pelo menos oito pessoas foram hospitalizadas na Turquia. A agência de notícias estatal da Síria, SANA, informou que seis pessoas ficaram feridas em Aleppo devido à queda de destroços. Em Hatay, equipes de busca da polícia resgataram uma pessoa que estava presa dentro de um prédio de 3 andares e tentavam alcançar outras três pessoas lá dentro, informou a televisão HaberTurk.

41 mil mortos menos de um mês atrás

O tremor de magnitude 7,8 que atingiu o país em 6 de fevereiro matou mais de 41 mil pessoas só na Turquia e mais de 5 mil na vizinha Síria. As autoridades turcas registraram mais de 6.000 tremores secundários desde então.

O governo turco já havia encerrado, no último domingo, grande parte das operações de buscas, deixando somente nas duas província mais atingidas de Kahramanmaras e Hatay. Quase duas semanas após o abalo sísmico, as equipes ainda encontravam sobreviventes entre os escombros.

A agência de saúde da União Europeia alertou para o risco de surtos de doenças nas próximas semanas devido à situação após os terremotos. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças disse que “doenças transmitidas por alimentos e água, infecções respiratórias e infecções evitáveis por vacinas são um risco no próximo período, com potencial para causar surtos, principalmente porque os sobreviventes estão se mudando para abrigos temporários”.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que enfrentará eleições em maio ou junho, diz que seu país começará a construir dezenas de milhares de novas casas já no próximo mês. Erdogan disse que os novos edifícios não terão mais de três ou quatro andares, construídos em terreno mais firme e com padrões mais elevados e em consulta com “professores de geofísica, geotécnica geologia e sismologia” e outros especialistas.

“Queremos evitar desastres… deslocando nossos assentamentos das terras baixas para as montanhas (mais sólidas) tanto quanto possível”, disse em um discurso televisionado durante uma visita à província de Hatay. O líder turco disse que os monumentos culturais destruídos serão reconstruídos de acordo com sua “textura histórica e cultural”.

Segundo Erdogan, cerca de 1,6 milhão de pessoas estão atualmente alojadas em abrigos temporários.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, havia concluído nesta segunda mais cedo uma visita de dois dias à Turquia, onde reiterou o apoio dos Estados Unidos após o terremoto. Na sua visita de domingo às zonas afetadas pelo terremoto, Blinken anunciou uma ajuda suplementar de 100 milhões de dólares às vítimas do desastre, após um primeiro pacote de 85 milhões. (Com agências internacionais)

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