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Namorado colocou corpo de médica em mala para tirá-lo do apartamento, acredita polícia

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Foto: Reprodução/Facebook

O corpo de Thalita foi encontrado dentro de uma mala, em um armário no seu próprio apartamento, em São José do Rio Preto

O namorado da médica Thalita da Cruz Fernandes, Davi Izaque Martins Silva, de 26 anos, teria tentado tirar o corpo da mulher do apartamento em que foi morta, mas a alça da mala em que foi ele foi posto rasgou. A suspeita é do delegado Alceu Lima de Oliveira, ouvido pelo jornal O Globo, que acredita que o suspeito queria ocultar o cadáver, mas não conseguiu.

Thalita, de 28 anos, foi encontrada morta dentro de uma mala, em um armário no seu próprio apartamento em um condomínio de classe média em São José do Rio Preto, em São Paulo, na sexta-feira, 18. No dia seguinte, seu namorado foi preso como o principal suspeito pelo crime.

A polícia acredita que há razões financeiras por trás da morte. Davi Izaque não teria aceitado a decisão de Thalita de terminar com ele e mudar o padrão de vida que ele levava há cerca de um ano e meio.

O delegado disse ainda que o suspeito estava muito frio na noite em que foi preso – surpreendido pela polícia enquanto dormia, na casa da mãe.

“Dizia não se lembrar de nada. Agora, parece que caiu a ficha dele. Pode ter uma reviravolta no caso, mas ainda falta muita coisa, muito laudo a ser produzido. Que ele dependia financeiramente da vítima, ele dependia. Não tem outro suspeito”, afirmou ao jornal.

A médica já estava desaparecida desde a quinta-feira, um dia antes de seu corpo ser encontrado. Familiares e amigos desconfiaram do sumiço, principalmente depois de receberem mensagens enviadas do celular de Thalita, mas com uma forma de escrever diferente da usualmente empregada pela médica. Eles acionaram a polícia.

O delegado afirmou ainda que a violência empregada no crime foi grande. Os vizinhos relataram ter ouvido barulhos de briga na madrugada do ocorrido, a Polícia Militar viu sangue logo ao chegar no apartamento e houve a necessidade de chamar quatro peritos para analisar o local, quando normalmente são apenas dois.

Thallita sonhava desde a infância em se tornar médica e fez quatro anos de cursinho para ser aprovada na faculdade, segundo ela relatou em um post feito em 2021 em uma rede social, ano em que se formou na área da saúde. Natural de Guaratinguetá, ela se mudou para Rio Preto após ser aprovada na universidade.

“Hoje concretizo meu sonho de infância de me formar em uma faculdade pública de excelência. Agradeço aos meus pais por terem me dado todo o apoio necessário, desde quando me incentivavam (e muito) a estudar no colégio até toda a base emocional e financeira nos anos de cursinho e faculdade”, escreveu ela naquele ano.

Nas redes sociais, Thallita demonstrava ser muito apegada à família e sempre compartilhava registros com os pais. Durante a pandemia, a médica fazia postagens contra a desinformação e orientando sobre a importância do uso de máscaras, do distanciamento social e da vacinação.

Atualmente, Thalitta trabalhava como plantonista em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Bady Bassitt, cidade vizinha ao município de São José do Rio Preto, onde morava.

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