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Mulheres vão sofrer mais que homens com choque da IA no trabalho

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(Shannon Fagan/Getty Images)

As mulheres têm mais com que se preocupar do que os homens com a onda de automação e inteligência artificial (IA) no local de trabalho.

Essa é uma das conclusões de um novo relatório de pesquisa da McKinsey que examina as tendências do mercado de trabalho nos EUA até o final de 2030, com a expectativa que a tecnologia pode substituir quase um terço das horas trabalhadas no país.

As mulheres têm 1,5 vez mais chances de precisar mudar de função do que os homens durante esse período, pois estão sobre-representadas em setores com salários mais baixos que devem sofrer impacto maior da automação, como a área administrativa e a de atendimento ao cliente.

A população negra e hispânica do país também será mais afetada, com demanda menor por trabalhadores nos setores de alimentos e produção.

Ao todo, o McKinsey Global Institute disse que pelo menos 12 milhões de trabalhadores nos EUA precisarão mudar de ocupação até o final de 2030. Parte dessa rotatividade resultará da busca por emissões líquidas zero, que também afetará milhões de empregos.

O que é preocupante, segundo a diretora do instituto, Kweilin Ellingrud, é que a rotatividade se concentrará entre os trabalhadores de baixa renda. Eles têm até 14 vezes mais chances de precisar mudar de ocupação do que aqueles que ocupam cargos com salários mais altos, e a maioria precisará de habilidades adicionais para conseguir isso com sucesso.

Trabalhadores de colarinho branco — desde advogados e professores a consultores financeiros e arquitetos — também estarão entre os mais afetados pela disseminação da inteligência artificial generativa, como o ChatGPT da OpenAI, de acordo com o relatório. Mas a McKinsey argumentou que isso resultará em mudanças na forma como esses trabalhos são executados, e não na eliminação em massa de cargos.

“Provavelmente não será tão catastrófico”, disse Michael Chui, membro do instituto de pesquisa. Mas “vai mudar quase todos os empregos”.

Cerca de 3,5 milhões de empregos podem ser eliminados à medida que os EUA buscam acabar com as emissões de gases de efeito estufa, com impacto para os trabalhadores das indústrias do petróleo e automotiva, de acordo com o estudo.

Mas a McKinsey argumenta que isso será mais do que compensado, com cerca de 700.000 novos empregos decorrentes dos investimentos em energia renovável.

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