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Mulher é presa após atirar contra policiais em operação de combate ao neonazismo

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Material neonazista apreendido em operação da Polícia Civil. Foto: Divulgação/Polícia Civil de Santa Catarina

Suspeita foi detida durante busca e apreensão em 11 cidades em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Uma mulher foi presa em flagrante após atirar em policiais civis durante uma operação contra grupos neonazistas, na manhã desta terça-feira. Moradora da cidade gaúcha de Nova Petrópolis, a suspeita é casada com um investigado e foi detida por resistência e disparo de arma de fogo. A operação ocorreu em 11 municípios dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os tiros foram efetuados no momento da chegada dos policiais ao interior da casa, que era alvo de mandado de busca e apreensão. No local, os agentes apreenderam duas armas de fogo, munições e muita parafernália nazista.

— Ela é esposa de um investigado, que, segundo ela, esta viajando a trabalho. Ela menciona que ele estava em off shore, mas não temos essa confirmação ainda — explica o delegado Artur Lopes, da Polícia Civil de Santa Catarina, responsável por coordenar a operação.

Segundo Lopes, todos os alvos da operação são investigados por associação criminosa, apologia ao nazismo, racismo e, em alguns casos, porte ilegal de armas de fogo.

Ao todo, a operação coordenada pela Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu 15 mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira. Os alvos da ação ficavam nas cidades de Florianópolis, Blumenau, Joinville, Curitibanos, em Santa Catarina; Praia Grande, em São Paulo; Curitiba, Maringá e Marialva, no Paraná; e Nova Petrópolis e Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

Um outro investigado foi preso em flagrante, na cidade paranaense de Maringá, por posse irregular de arma de fogo. Os policiais recolheram, na residência, uma espingarda calibre 12 GA, munições, material nazista e dispositivos eletrônicos.

Em Passo Fundo, um mandado de busca e apreensão foi cumprido em uma estamparia. No estabelecimento eram produzidas camisetas com símbolos nazistas e supremacistas brancos. Os produtos foram recolhidos, assim como as matrizes usadas na confecção das roupas.

— O suspeito tinha um histórico de skinhead e fazia essa fabricação na sua própria casa. Ele também tinha antecedentes criminais, mas nada que chamasse a atenção da investigação — comentou ainda o delegado Lopes.

Operação cumpriu 12 mandados de prisão em quatro estados — Foto: Divulgação/Polícia Civil de Santa Catarina

Além do material neonazista, a operação apreendeu também computadores e celulares dos alvos, o que deve nortear as próximas etapas da investigação, segundo o delegado:

— Um dos objetivos era apreensão de parafernália nazista, mas outro era a apreensão de equipamentos computacionais. A nova fase da investigação seguirá na análise dos dados extraídos dos computadores.

Operação ‘Gun Project’

Os mandados judiciais cumpridos nesta terça-feira foram expedidos com o avanço de uma investigação iniciada no ano passado, quando a Polícia Civil deflagrou a Operação ‘Gun Project’. Na ocasião, em 20 de outubro de 2022, os agentes prenderam seis suspeitos de integrarem uma célula neonazista em Santa Catarina. As prisões aconteceram em Florianópolis, São José, Joinville, Maravilha e São Miguel do Oeste.

Os membros desta célula neonazista costumavam se reunir em um sítio e usavam coletes e réplicas de uniformes nazistas para realizar o treinamento com armas e discutir ideias antissemitas.

O grupo já havia sido alvo de uma operação anterior, em abril do ano passado, quando uma impressora 3D usada para fabricação caseira de armas de fogo foi apreendida.

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