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MRE da Rússia: próximas provocações da Ucrânia com ataques ao território russo terão resposta dura

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O Ministério das Relações Exteriores russo avisou que as tentativas de Kiev e de países ocidentais de provocar a Ucrânia a disparar contra alvos russos levará a uma “resposta dura da Rússia”.

© AFP 2022 / Aleksandr Nemenov

 

Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, advertiu contra o que disse ser o encorajamento de ataques ucranianos ao território russo.

“Gostaria que em Kiev e nas capitais ocidentais levassem a sério as afirmações do Ministério da Defesa do nosso país de que a continuação das provocações da Ucrânia para atingir alvos russos levará certamente a uma resposta dura da Rússia […]. Não aconselhamos que continuem testando nossa paciência”, disse na quinta-feira (28) Zakharova em um briefing.

As armas fornecidas pelos países ocidentais à Ucrânia podem acabar nas mãos de terroristas da mesma forma que as dadas à oposição na Síria, afirmou a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo.
“Veem-se bem os paralelos com os acontecimentos sírios, quando as armas fornecidas em massa pelo Ocidente à chamada oposição moderada síria eram vendidas no mercado negro e acabaram nas mãos dos terroristas do Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países]. Lembram com quem depois lutou o Ocidente? EUA? Reino Unido? Paris? Berlim? Roma? Claro, com esse mesmo Daesh, esse mesmo padrão”, acrescentou ela.
“Não excluímos que o mesmo destino, na realidade, prevemos que o mesmo destino atinja as armas ocidentais na Ucrânia”, de acordo com Zakharova.
A representante do Kremlin citou a existência de milhares de mercenários que chegaram à Ucrânia desde o começo da operação militar especial da Rússia.
“Ao todo, segundo as informações do Ministério da Defesa do nosso país, desde o começo da operação militar especial na Ucrânia lá deram entrada praticamente 7.000 mercenários estrangeiros, de 63 países”, referiu, observando que entre eles haviam cidadãos do Canadá, EUA, Geórgia, Reino Unido e Romênia.
Em referência à república não reconhecida localizada entre a Moldávia e a Ucrânia, onde têm sido relatadas explosões vindas do território ucraniano, Maria Zakharova também condenou as “tentativas de envolver a Transnístria no que está acontecendo na Ucrânia”.

Guerra informacional contra a Rússia

Zakharova também referiu uma tentativa das autoridades dos EUA de se intrometerem nos assuntos internos da Rússia.
“Prestamos atenção ao material ‘O que é uma operação militar especial?’ postado em 21 de abril [última quinta-feira] no portal do Departamento de Estado dos EUA. Lá há um apelo aos cidadãos dos EUA […] para se juntarem à campanha propagandística antirrussa, usando para isso ferramentas de tecnologias de informação e comunicação ocidentais”, afirmou em briefing.
“Essencialmente […] é o envolvimento de meios de comunicação pessoais, de americanos comuns, para a disseminação de mentiras, propaganda e fakes […]. Nós, claro, condenamos firmemente as ações das autoridades americanas, que têm o objetivo de intromissão direta na vida privada dos cidadãos da Rússia.”
Tais ações acabam sendo também uma intromissão na vida privada dos cidadãos dos EUA, sublinhou ela.
“Quando os cidadãos americanos seguirem hiperligações e enviarem algum tipo de mensagens dos seus computadores, e enviarem algum tipo de informação dos telefones, eles deixarão pegadas. Eles têm a certeza de que isso não se virará contra eles?”, questionou.
Zakharova disse que a Ucrânia já está se preparando para ataques cibernéticos em massa contra a Rússia.

“Levem em consideração, não será possível fazer pensar serem cibercrimes feitos do território da Federação da Rússia, por cidadãos de nosso país. Foi iniciada pelo regime de Kiev, EUA, o Ocidente coletivo, estruturas da OTAN, uma grande provocação no ciberespaço, estamos registrando isso”, destacou, citando planos do governo ucraniano de criação de um “Exército cibernético de 300.000 cibersoldados”.

Para a representante do governo russo, “pela primeira vez um Estado-membro da OTAN declarou abertamente uma ciberagressão e realização de ciberguerra”.
“Estamos falando da realização de mais de 600, cerca de 700 ataques cibernéticos contra empresas, bancos e estabelecimentos russos e belarussos, e tudo isso era realizado oficialmente pelo Estado da Ucrânia”, denunciou Maria Zakharova.
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