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Mourão diz que governo vai “tomar pau” recriando ou não o auxílio emergencial

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Segundo o vice-presidente, o governo está em uma situação difícil, mas é preciso fazer alguma coisa para auxiliar a população mais afetada pela pandemia

(crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira (12/2) que o governo vai “levar pau” recriando ou não o auxílio emergencial. Ainda segundo ele, enquanto o país não consegue imunizar em massa a população, o governo é “obrigado a decidir alguma forma de auxiliar a população”.

O presidente é obrigado a decidir para, de alguma forma, auxiliar essa gente. Vamos lembrar, né?, se ele disser que não vai auxiliar, ele vai tomar pau. Se ele disser que vai auxiliar, ele vai tomar pau também. Então, é uma situação difícil, e julgo que ele vai buscar a melhor solução”, disse a jornalistas.

O general ressaltou também que o governo pode ainda optar por um novo orçamento de guerra. “Em linhas gerais, ou você faz empréstimo extraordinário, aí seria tal do orçamento de guerra, ou corta dentro do nosso orçamento para atender as necessidades. Não tem outra linha de aço fora disso”, avaliou.

Escravo do mercado

Perguntado sobre como a proposta de orçamento de guerra seria recebida pelo mercado financeiro, Mourão respondeu que o governo não pode ser “escravo do mercado”. “Minha gente, a gente não pode ser escravo do mercado. Tem que entender o seguinte: temos aí 40 milhões de brasileiros em uma situação difícil. A gente ainda continua com a pandemia.”

Na visão do vice-presidente, o País ainda deve levar três ou quatro meses para ter “uma produção de vacina capaz de começar um processo de imunização consistente”.

Ontem, Bolsonaro falou sobre as reações negativas do mercado frente à extensão do auxílio emergencial. “Pessoal do mercado, qualquer coisa que a gente fale aqui vocês ficam irritadinhos, sobe o dólar, cai a bolsa. Se o Brasil não tiver um rumo, todo mundo vai perder, vamos deixar de ser irritadinhos, porque não leva a lugar nenhum”, disparou. “Não pode, quando se fala em discutir por mais alguns meses a prorrogação do auxílio emergencial, o mercado ficar aí se comportando desta forma. Pessoal, vocês sabem o que é passar fome?”, questionou.

Nesta sexta, Mourão disse que o Brasil ainda levará de três a quatro meses para ter uma produção de vacina capaz de dar início a um processo de vacinação consistente.

Mourão também foi questionado sobre a ideia de Bolsonaro de encaminhar ao Congresso um projeto estabelecendo que o ICMS sobre combustíveis, imposto estadual, seja cobrado nas refinarias ou tenha um valor fixo. Em sua live, o presidente disse que aguardava apenas um parecer do Ministério da Economia.

“Vai ter que ser decidido dentro do Congresso. É lei, vai ser decidido lá dentro, mexe com o interesse dos estados. O presidente está buscando uma solução para o preço dos combustíveis, que todo mundo que enche o tanque do carro sabe que está um pouquinho salgado”, afirmou.

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