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Mobly movimenta R$ 812 milhões em IPO, com ação a R$ 21

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Empresa de tecnologia líder na venda de móveis online reforça o caixa com R$ 778 milhões na oferta primária e estreia no pregão da B3 na sexta-feira

Bolsa brasileira pode chegar à metade de fevereiro com 15 IPOs confirmados no ano (Germano Lüders/Exame)

A temporada 2021 de IPOs (ofertas públicas iniciais, na sigla em inglês) na bolsa brasileira continua a todo vapor: a Mobly (MBLY3), empresa de tecnologia especializada na venda online de móveis, definiu na noite de quarta-feira, 3, o preço da ação em 21 reais, na parte de cima da faixa indicativa de preço, que se estendia de 17,00 reais a 23,50 reais.

A oferta movimentou 812 milhões de reais, mas pode chegar a 933 milhões de reais com o green shoe, nome dado à venda de um lote a mais com o objetivo de ajudar a estabilizar o preço da ação. A estreia na B3 será na sexta-feira, 5.

A oferta primária, com recursos que vão para o caixa da empresa, totalizou 778 milhões de reais. A oferta secundária movimentou apenas 34 milhões de reais, com recursos que vão para o acionista controlador, o grupo alemão home24, uma das maiores plataformas digitais do mundo no segmento de home & living.

Os recursos da oferta primária vão ser utilizados para reforçar o crescimento da companhia, fortalecendo a estrutura financeira e o capital de giro e para investimento em centros de distribuição, tecnologia, novas lojas físicas e marketing.

Segundo estimativas de fontes, a oferta teve uma demanda aproximada de sete vezes o tamanho da oferta, contando fundos de investimentos e bancos, sem o varejo.

Fundada pelos empreendedores Victor Noda, Marcelo Marques e Mario Fernandes em 2011, com capital do fundo alemão Rocket Internet, a Mobly é a líder do mercado doméstico no e-commerce no segmento de home & living.

A empresa teve receitas líquidas de 420,8 milhões de reais de janeiro a setembro (dado mais recente disponível), com margem Ebitda de 3,4%. Tinha uma base de 925.000 clientes ativos, acumulado mais de 1,2 milhão de pedidos e mais de 560 milhões de reais em GMV (sigla em inglês para volume bruto de mercadorias) nos nove primeiros meses do ano.

Cerca de 90% das vendas aconteceram por meio de canais digitais, em sua própria plataforma e nos maiores marketplaces do país, como Magazine Luiza, Mercado Livre, Via Varejo e Amazon.

Dos produtos vendidos, 39% eram de marca própria, ampliando a margem bruta. Outro diferencial apresentado no prospecto é o fato de a Mobly dispor de uma unidade logística que respondeu por 37% de suas entregas no período.

Com a oferta bem-sucedida, a Mobly sai vencedora — por ora — da “batalha do sofá”, uma disputa informal com as concorrentes Westwing e Tok&Stok pelo interesse de fundos de investimento que entram em IPOs. As três atuam no mesmo segmento de móveis, embora guardem diferenças nos respectivos modelos de negócios, e conduziram suas operações de abertura de capital na mesma janela de ofertas.

Mosaico também estreia na sexta

O IPO da Westwing deve ser concluído na próxima semana, enquanto o da Tok&Stok ainda não tem previsão.

A Mobly será a quinta ou sexta empresa que vai estrear na B3 neste ano. HBR Realty (HBRE3), Vamos (VAMO3) e Espaçolaser (ESPA3) já abriram o capital no país, as duas primeiras por meio de ofertas restritas (voltadas apenas para investidores profissionais e com custos menores e procedimentos simplificados).

A quarta empresa será a Intelbras (INTB3), que estreia na bolsa brasileira nesta quinta, 4.

E a Mosaico (MOSI3), empresa de comparação, conteúdo e originação de plataformas de e-commerce, definiu também na quarta-feira o preço da ação em 19,80 reais, movimentando 1,2 bilhão de reais no seu IPO. O valor ficou no topo da faixa indicativa, que se estendia de 15,40 reais para 19,80 reais. A estreia será na sexta também.

Ao todo, 12 companhias poderão definir o preço para abrir o capital em um período de duas semanas.

*Com a Reuters

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