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‘Meu filho foi agredido covardemente’, diz mãe de jovem agredido em bloco de carnaval; lutadores de MMA serão ouvidos

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Segundo testemunhas, dois lutadores de MMA, que são pai e filho, socaram e depois chutaram o rapaz, mesmo depois dele ter caído no chão. Lutador diz que foi chamado de ‘macaco fedorento’ e nega que ele ou o filho tenha dado chutes no estudante depois que ele caiu.

Renato ficou com vários ferimentos no rosto e em outras partes do corpo — Foto: Arquivo pessoal

A consultora de venda Aline Cristina Bastos de Siqueira, de 43 anos, diz ter ficado assustada ao receber a notícia de que o filho, o estudante Renato de Araújo Sardinha Filho, de 18, havia sido agredido em um bloco de carnaval, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, na madrugada da Quarta-feira de Cinzas (22).

O caso foi registrado como tentativa de homicídio, e Renato está internado com traumatismo craniano no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande.

“O meu filho não corre risco, está consciente. Só agora ele consegue comer”, diz a mulher/

Segundo testemunhas, dois lutadores de MMA, que são pai e filho, socaram e depois chutaram o rapaz, mesmo depois que ele estava caído no chão. Aline diz ter encontrado Renato desmaiado.

“O meu filho estava em um bloco de carnaval, em Campo Grande, junto com outros dois amigos. Esses caras estavam andando, e o pai esbarrou no meu filho. Ele perguntou se o meu filho queria tomar uma porrada. Ele foi pra cima do meu filho e deu uma rasteira”, relata.

“Em seguida, o filho dele deu um soco por trás do meu filho, que caiu desmaiado. Meu filho no chão e eles continuaram espancando meu filho, que estava desacordado. Ninguém fez nada. Recebi uma ligação, fui até lá e meu filho estava todo machucado.”

“Meu filho está internado com uma parte do rosto desfigurada. A cabeça está sangrando. O médico disse que está avaliando se ele terá que passar por uma cirurgia ou se eles conseguiram conter o sangramento com remédios.”

Segundo a mãe, o rapaz nunca se envolveu em brigas. “Ele estava curtindo o carnaval com os amigos. O que eles fizeram com o meu filho é crime. O meu filho foi agredido covardemente e não teve chances de defesa. Eles são lutadores. Eles quase mataram o meu filho. São covardes”, desabafou Aline.

O delegado Vilson de Almeida Silva, titular da 35 DP (Campo Grande), intimou Paulo Roberto Nogueira, o PL, e Luis Alberto Nogueira, o Betão, donos de uma academia e lutadores de MMA, para prestarem depoimento nesta sexta-feira (24). Eles são aguardados na delegacia para explicarem o que houve.

“Os autores já foram identificados. Tentamos intimá-los hoje (ontem) e eles não foram encontrados nos seus respectivos endereços. Encontramos só o pai (o avô de um dos agressores) e intimamos na pessoa dele. Eles foram intimados para prestarem depoimento amanhã (hoje)”, informou o delegado.

Pai e filho treinam juntos MMA — Foto: Reprodução

Pai e filho treinam juntos MMA — Foto: Reprodução

O outro lado

Em conversas, por mensagens de texto, na noite desta quinta-feira, um dos suspeitos disse que está sendo ameaçado.

“A versão que estão dando não é verdade. Eu vou falar a verdade para eles e para a Justiça”, contou.

Segundo o lutador, ele “estava passando (pelo bloco) e esbarrou em Renato”, iniciando uma discussão. Ele diz que Renato o chamou de “macaco fedorento”.

Neste momento, ainda segundo o lutador, seu filho se desviou de um soco de Renato e revidou dando no rapaz o murro que o derrubou ao chão.

O lutador de MMA nega que ele ou o filho tenha dado chutes no estudante depois que ele caiu.

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