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May levará acordo sobre Brexit novamente ao Parlamento no início de junho

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Membros do partido da premiê já prometeram rejeitar o pacto, assim como a oposição

Theresa May: o Brexit deveria ter acontecido em 29 de março. A UE concordou, entretanto, em estender o prazo de saída até 31 de outubro (House of Commons/AP)

A primeira-ministra britânica, Theresa May, levará o seu acordo sobre o Brexit, já derrotado três vezes pelo Parlamento, para que ele seja reavaliado pelos legisladores na primeira semana de junho. Membros rebeldes do partido da premiê, contudo, já afirmaram que votarão contra o pacto.

Segundo o porta-voz de May, o acordo deve ser levado ao plenário na semana do dia 3 de junho. Esta será a quarta vez em que o texto será votado pelo Parlamento, após muitas crises com a oposição e com o próprio Partido Conservador.

Os detalhes do cronograma legislativo foram publicados depois que May se encontrou com o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, para discutir o impasse das negociações que já duram sete semanas.

Na reunião, a primeira-ministra deixou clara a “determinação do governo para concluir as negociações e cumprir o resultado do referendo, deixando a UE”, disse seu porta-voz.

Corbyn, contudo, expressou sua preocupação sobre a capacidade de May em conseguir qualquer tipo de concessão no seu acordo atual. Apoiadores do Brexit do dividido Partido Conservador também disseram que o pacto está morto.

“Conversei com colegas, alguns dos quais votaram a favor da última vez, e eles acham que o acordo está morto e votarão contra desta vez”, disse Peter Bone, parlamentar conservador e defensor destacado da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), à Talk Radio.

“Sei que eles não votariam a favor. Parece absurdo reapresentá-lo. É sempre a mesma coisa “.

May, que conquistou a liderança conservadora e o cargo de premiê no caos que se seguiu ao referendo do Brexit de 2016, já está sendo pressionada por seus próprios parlamentares para marcar uma data para renunciar.

Uma derrota na votação de junho provavelmente significaria o fim de seu acordo de separação e de seu governo.

Defensores do Brexit temem que o pacto de May deixe o Reino Unido preso à órbita da UE durante anos e que acabe atraindo a província britânica da Irlanda do Norte para o bloco.

Quase três anos depois de o Reino Unido decidir sua saída da UE por 52% a 48% dos votos, ainda não existe consenso entre os políticos britânicos sobre quando, como ou mesmo se a separação deveria ocorrer.

Antes da última derrota da proposta de May, pelo placar de 344 a 286, em 29 de março, ela havia prometido renunciar em caso de aprovação do acordo — que havia sido rejeitado primeiro em janeiro e de novo em meados de março.

“Se a primeira-ministra trouxer o Projeto de Lei de Retirada aos (Câmara dos) Comuns para uma votação, a pergunta será ‘o que mudou?’”, disse Nigel Dodds, líder parlamentar do Partido Unionista Democrático (DUP) da Irlanda do Norte, que sustenta o governo de minoria de May.

O Brexit deveria ter acontecido em 29 de março. A UE concordou, entretanto, em estender o prazo de saída até 31 de outubro, mas já se discute no Reino Unido o pedido de uma nova prorrogação.

(Com Reuters)

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