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Maia toma posse em SP, apoia Doria e pede união da terceira via

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Ao assumir a Secretaria de Projetos e Ações Estratégicas do estado, ressaltou que o país precisa de um candidato de centro unificado e não de “cinco projetos diferentes”. Em indireta a Bolsonaro, afirmou que, caso não ocorra unificação, o país corre o risco de reeleger um governo autoritário

(crédito: Governo do Estado de São Paulo)

O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido), assumiu nesta sexta-feira (20/8) o cargo de secretário de Projetos e Ações Estratégicas na gestão do governador de São Paulo, João Doria. Segundo a assessoria, ele será responsável por agilizar os projetos de desestatização, acelerando as parcerias público-privadas e as concessões em andamento no estado. Durante o discurso, Maia pediu a união do centro político e destacou apoio ao tucano, que é pré-candidato à Presidência em 2022.

Doria disputa as prévias nacionais do PSDB e encontra em Maia uma figura de articulação nos setores políticos e econômico. Apesar de ter aceitado o convite, Maia não deverá mudar o domicílio eleitoral do Rio de Janeiro para São Paulo.

“O meu movimento político é para deixar claro que está na hora de a gente construir um caminho. E nada mais importante na política do que aquilo que é natural. E o natural, nesse momento, é o fortalecimento, não apenas do seu nome, mas também daquilo que São Paulo deseja para o Brasil”, apontou.

Maia ressaltou que o país precisa de um candidato de centro unificado e não de “cinco projetos diferentes”. Em indireta ao presidente Jair Bolsonaro, afirmou que, caso não ocorra essa unificação, o país corre o risco de reeleger um governo autoritário.

“É a minha sinalização clara de que está na hora de a gente parar de brincar de fazer política”. “O meu agradecimento pela oportunidade de vir para o outro campo do Executivo e, por outro lado, o meu apoio, a minha sinalização para aqueles que defendem a democracia, que defendem um país com menos desigualdades, um país que garanta oportunidades. E esse país precisa de um projeto, (com) cinco projetos nós podemos correr o risco de reeleger um governo autoritário”, acrescentou, concluindo que deseja levar a São Paulo “sua experiência do diálogo e colaborar com o estado”.

Experiência

Doria pontuou que, no cargo, o ex-presidente da Câmara terá como prioridade a expansão e a aceleração dos programas de privatização, concessões e desestatizações no estado de São Paulo. “Um tema que ele conhece muito bem e que debateu ao longo do período em que presidiu a Câmara Federal. E com o conhecimento que tem e as boas relações que construiu com o setor privado, certamente vai proporcionar uma velocidade ainda maior ao estado que mais desestatiza a sua economia no Brasil neste momento”, defendeu.

Também participaram da solenidade o vice-governador, Rodrigo Garcia, e os secretários Henrique Meirelles (Fazenda), Nelson Baeta (Orçamento e Gestão), Júlio Serson (Relações Internacionais) e Fernando da Costa (Justiça e Cidadania), além de outras autoridades.

Sem partido

Rodrigo Maia tem 51 anos e está em seu sexto mandato como deputado federal. No dia 14 de junho, ele foi expulso do DEM, após se desentender com o presidente do partido, ACM Neto. Maia já estava insatisfeito na legenda e chegou a pedir a desfiliação do partido ao TSE, alegando que sofria grave discriminação e que a legenda teria mudado de posicionamento político, aliando-se a Bolsonaro.

Ele vinha trocando farpas com o presidente do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, desde a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, em fevereiro. Na data, ele caracterizou como “deslealdade” e “falta de caráter” posicionamento do presidente da sigla. “O partido diminuiu. Virou moeda de troca junto ao governo Bolsonaro. Agora é virar a página e juntar forças para um projeto de desenvolvimento do Brasil e em prol dos brasileiros”, disse.

 

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