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Impostômetro: brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões em impostos este ano

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Neste ano, a marca foi alcançada com 40 dias de antecedência na comparação com 2021, quando o mesmo montante foi atingido apenas no dia 20 de dezembro

Impostômetro: entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária (Carlos Severo/Fotos Públicas/Divulgação)

Os brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões em impostos neste ano a governos federal, estaduais e municipais. A marca foi registrada pelo Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo, no centro histórico da capital paulista, na madrugada desta quarta-feira, 16 de novembro. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.

Neste ano, a marca foi alcançada com 40 dias de antecedência na comparação com 2021, quando o mesmo montante foi atingido apenas no dia 20 de dezembro, a cinco dias do Natal.

Marcel Solimeo, economista da ACSP, explica que a antecipação do montante está relacionada aos efeitos da inflação, uma vez que os tributos indiretos, tais como ICMS, incidem sobre o preço final. Além disso, ele acrescenta que este resultado também se explica por fatores como a recuperação da atividade econômica e bons resultados de grandes empresas.

“O maior crescimento da arrecadação ocorreu na esfera do governo federal, que fica com cerca de 66% da tributação total, embora redistribua parcela dessa receita para estados e municípios. Além da carga tributária da ordem de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), muito elevada para um país emergente como o nosso, onde os contribuintes têm ainda um alto custo para pagar os tributos, além de se sujeitar a multas, devido à complexidade da tributação. Precisamos ficar atentos para que o novo governo, a pretexto de simplificação, ou de corrigir distorções, acabe por aumentar a carga tributária.”Ainda segundo Solimeo, os dados mostram um crescimento da ordem de 11% na arrecadação total. Ele avalia, ainda, que a arrecadação seria maior se não tivesse ocorrido, nos últimos meses, a redução das alíquotas dos tributos sobre energia, telecomunicações e combustíveis, que têm peso relevante na receita dos estados.

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