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Hospitais e UPA do DF recebem contêineres para armazenar corpos de vítimas da Covid-19

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Equipamentos são refrigerados para evitar infecção entre familiares e profissionais de saúde. Iges informou que protocolos vão ‘respeitar dignidade da pessoa’.

Iges-DF instala contêiner para armazenar corpos de vítimas da Covid-19 — Foto: Iges-DF/Divulgação

A Secretaria de Saúde passou a usar contêineres refrigerados para armazenar corpos de vítimas da Covid-19 no Distrito Federal. Segundo o último boletim da pasta, até este domingo (31) a capital registrava 170 óbitos em decorrência do novo coronavírus.

Os equipamentos estão sendo “instalados preventivamente” no Hospital de Base, no Hospital Regional de Santa Maria e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante.

Segundo o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), que administra as unidades, as estruturas serão usadas por até seis meses e podem armazenar 12 corpos em cada uma. O aluguel durante esse período é de R$ 84 mil.

“A ideia da implantação dos equipamentos é evitar o cruzamento de fluxos na liberação”, explica o superintendente do Hospital de Base, Weldson Muniz.

“As vítimas da Covid-19 passam por um procedimento diferente dos demais, que devem estar separados para evitar que sejam contaminados.

“A Secretaria de Saúde informou ainda que o armazenamento dos corpos seguirá um “protocolo específico”, definido pelas autoridades de saúde, diferente dos casos de outras enfermidades. Os detalhes não foram divulgados.

Fachada do Instituto Hospital de Base do Distrito Federal — Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília
Fachada do Instituto Hospital de Base do Distrito Federal — Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Isolamento

Segundo o diretor-presidente do Iges-DF, Sergio Costa, “as estruturas especiais servem como forma de isolamento”. Ele afirma ainda que as câmaras frias servirão para receber as vítimas “respeitando a dignidade das pessoas” até que as providências necessárias sejam adotadas pelos familiares.

Em abril, o GDF também criou uma “sala de cadáveres” para acomodar pacientes que morreram em decorrência da Covid-19. O espaço, no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), tem capacidade para 40 corpos.

À época, o médico e assessor da superintendência da Região de Saúde Central, Elvis Adriano Oliveira, afirmou que, mesmo com a capacidade para dezenas de corpos, os cadáveres seriam retirados antes de completar as 24 horas do óbito.

“Não queremos entrar em colapso como em outros estados, em que os mortos por coronavírus ficam juntos dos pacientes porque não têm um local apropriado para acomodação dos corpos”, disse.

Coronavírus no DF

Até a noite deste domingo (31), o DF contabilizava 157 vítimas da Covid-19. Se somados com moradores de outros estados, mas que morreram no Distrito Federal, o número pode ser ainda maior: 170 óbitos.

O total de infectados pela doença também subiu nas últimas 24 horas e chegou a 9.780. São 306 a mais que o total contabilizado no sábado (30).

Das oito mortes confirmadas somente no domingo, eram quatro homens e quatro mulheres. Com relação à faixa etária, a maioria dos casos está entre pessoas com 50 a 59 anos. Veja:

  • 30 a 39 anos: 1 caso
  • 40 a 49 anos: 1 caso
  • 50 a 59 anos: 3 casos
  • 70 a 79 anos: 1 caso
  • 80 e mais: 2 casos

Os óbitos ocorreram nos seguintes hospitais:

  • Hospitais particulares: 2
  • Hospital Regional de Ceilândia: 1
  • Hospital Regional da Asa Norte: 1
  • Hospital Regional de Taguatinga: 1

 

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