Mundo
Homicídio de gêmeos rappers no Congo leva 14 réus à pena de morte
Os irmão foram queimados vivos no final de julho. Ao todo, 25 pessoas foram processadas neste caso, nove delas absolvidas por falta de provas
Quatorze pessoas foram condenadas à morte pelo assassinato de irmãos gêmeos rappers, queimados vivos no final de julho em uma localidade do sudoeste da República Democrática do Congo (RDC) – informou um advogado da parte civil nesta sexta-feira (4/12).
O evento causou polêmica em Kinshasa e no Kongo Central, uma região onde os dois irmãos rappers eram conhecidos.
Os gêmeos foram enterrados em uma vala comum e, depois, exumados e enterrados em um cemitério em Kinshasa.

Mundo
Crise da vacina de Oxford gera atrasos na campanha de imunização da União Europeia
O bloco está atribuindo a culpa à falta de entregas da farmacêutica AstraZeneca; na França, doses do imunizante estão encalhadas em meio ao receio provocado por casos de trombose

A União Europeia comprou vacinas de diversas farmacêuticas, mas ainda assim está com a campanha de imunização atrasada
O responsável pela campanha de vacinação contra a Covid-19 na União Europeia, Thierry Breton, atribuiu à farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca a culpa do bloco não ter conseguido cumprir o seu objetivo de inocular 80% dos idosos até o final de março. Em entrevista ao jornal francês Le Parisien, o comissário afirmou que os 27 países-membro estariam no mesmo patamar que o Reino Unido em termos de imunização caso tivessem recebido todas as vacinas de Oxford contratadas. “Posso dizer que a turbulência que vivenciamos deve-se exclusivamente ao fracasso da AstraZeneca em entregar. No primeiro trimestre, a AstraZeneca entregou apenas um quarto das doses que pedimos, enquanto os britânicos receberam todas, embora nosso contrato tenha sido assinado antes deles, em agosto de 2020”, defendeu. O Reino Unido negou essa afirmação, dizendo que a farmacêutica também não cumpriu os seus compromissos com o governo britânico. No entanto, é inegável que a campanha de vacinação do país está mais avançado do que a da União Europeia. Dados do Centro Europeu de Prevenção de Doenças divulgados nesta segunda-feira, 5, indicam que nos países do bloco uma média de 59,8% dos idosos com 80 anos ou mais receberam pelo menos a primeira dose da vacina. Já na Inglaterra, no País de Gales e na Escócia, esse mesmo índice está acima dos 98%.
De fato, o atraso da campanha de vacinação contra a Covid-19 da União Europeia não foi causada pela falta de compra de imunizantes. O bloco gastou mais de dois bilhões de euros para fechar acordos com seis laboratórios diferentes, que lhe garantem um total de 1,1 bilhão de doses, com opção de adquirir mais 500 milhões no futuro. Além da AstraZeneca–Universidade de Oxford, os países-membro já estão utilizando as vacinas da Pfizer–BioNTech e da Moderna, sendo que as primeiras doses da Johnson & Johnson devem chegar a partir do dia 19 de abril. Também estão garantidas unidades da Curevac e da Sanofi, que ainda não solicitaram autorização de uso emergencial da União Europeia. Porém, os atrasos nas entregas da vacina de Oxford causaram um rombo significativo: até agora, a AstraZeneca entregou apenas 30 milhões das 90 milhões de doses que haviam sido prometidas para o primeiro trimestre de 2021. Além disso, a farmacêutica já alertou que, no segundo trimestre, fornecerá apenas 70 milhões, ao invés dos 180 milhões previstos inicialmente no contrato de venda.
Desconfiança da população também gera atrasos na campanha
O responsável pela estratégia de vacinas da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), Marco Cavalieri, admitiu nesta terça-feira, 6, a existência de uma relação entre o uso da vacina de Oxford e um número maior do que o esperado de casos de trombose com deficiência plaquetária entre adultos. A afirmação, feita em entrevista ao jornal italiano Il Messaggero, acontece logo depois da Alemanha, do Canadá e da Holanda afirmaram que não utilizarão o produto da AstraZeneca em adultos, que parece ser a faixa etária em que o problema é mais recorrente. Essas decisões tem gerado confusões em alguns países da União Europeia sobre como prosseguir com a aplicação da segunda dose em pessoas que receberam a primeira injeção da AstraZeneca e agora não estão mais habilitadas em termos das novas leis. Muitas autoridades estão cogitando misturar imunizantes diferentes, algo sobre o qual não existem estudos.
Em meio a tantas incertezas, várias pessoas estão preferindo não receber a vacina de Oxford. Um bom exemplo disso é a França, onde locais de vacinação no norte do país ficaram com centenas de doses da AstraZeneca encalhadas no último final de semana e fecharam as portas antes do horário previsto por falta de interessados. A cidade de Calais, especificamente, tinha 550 doses disponíveis da vacina de Oxford e apenas 70 agendamentos previstos para os próximos dias. Enquanto isso, as vagas para receber os imunizantes da Pfizer-BioNTech desaparecem em poucos minutos. Para tentar contornar a situação e aumentar a segurança sobre a vacina, o primeiro-ministro francês Jean Castex recebeu o imunizante da AstraZeneca em frente às câmeras, algo que a chanceler alemã Angela Merkel também pretende fazer.
Mundo
Reino Unido limita vacina da AstraZeneca para pessoas acima de 30 anos
A decisão veio após relatos de coágulos sanguíneos em quem recebeu o imunizante

A vacina da AstraZeneca: coágulos sanguíneos raros, mas que são potencialmente fatais, foram listados como “efeitos colaterais” (Dado Ruvic/Reuters)
Após a agência reguladora de medicamentos da Europa listar coágulos sanguíneos como “efeitos colaterais” da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca, o órgão consultivo de vacinas do Reino Unido disse nesta quarta-feira (7) que a injeção de Covid-19 da AstraZeneca não deve ser dada a pacientes com menos de 30 anos.
A decisão deve se manter até que seja apurada ligação entre a vacina e os efeitos adversos, informou o jornal americano Wall Street Journal.
A vacina AstraZeneca, que foi desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, enfrentou dúvidas sobre sua eficácia e possíveis efeitos colaterais, mesmo com dezenas de milhões de doses administradas após aprovações de segurança em mais de 70 países em todo o mundo.
O alerta surgiu após uma investigação de 86 casos relatados em pessoas vacinadas, dos quais 18 foram fatais. “Uma explicação plausível para a combinação de coágulos sanguíneos e plaquetas de sangue baixas é uma reação imunológica, o que causa um problema semelhante àquele visto às vezes em pacientes tratados com heparina”, disse a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
Mundo
Covid: Biden antecipa em 2 semanas prazo para que todos os adultos recebam vacina
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Agência europeia diz ‘ainda não ter conclusão’ sobre vacina da AstraZeneca
Após publicação de jornal italiano, reproduzida pela agência AFP, a EMA disse nesta terça-feira que não foi possível ainda encontrar relação entre casos de coágulo e a vacina da AstraZeneca

AstraZeneca: como precaução, vários países determinaram a aplicação desta vacina a algumas faixas etárias, como França, Alemanha e Canadá (Massimo Pinca/Reuters)
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) declarou, nesta terça-feira (6), que continua avaliando se a vacina da AstraZeneca contra o coronavírus tem relação com a formação de coágulos sanguíneos.
Anteriormente, agência AFP relatou que autoridade da Agência Europeia de Medicamentos havia confirmado o vínculo entre a vacina e os casos registrados da doença
Em nota à AFP, o comitê de segurança da agência afirma “ainda não ter chegado a uma conclusão e o exame está em curso”.
O comunicado acrescenta que uma decisão a esse respeito deve ser anunciada “amanhã (quarta, 7 de abril), ou na quinta-feira (8 de abril)”.
A reação da EMA é uma resposta à entrevista dada pelo diretor de estratégia de vacinas desta agência, Marco Cavaleri, ao jornal italiano Il Messaggero. Nela, o especialista confirmou uma “ligação” entre a vacina da AstraZeneca e os casos de trombose registrados nas pessoas que receberam esse imunizante.
“Agora podemos dizer, está claro que há uma ligação com a vacina, que provoca essa reação. Porém, ainda não sabemos o porquê (…) Resumindo, nas próximas horas vamos dizer que existe uma ligação, mas ainda temos que entender por que isso acontece”, diz Cavaleri a Il Messaggero.
Há várias semanas, surgiram suspeitas de possíveis efeitos colaterais graves, ainda que raros, entre pessoas vacinadas com a AstraZeneca. Seriam casos de trombose atípica. Alguns deles já causaram mortes.
No Reino Unido, houve 30 casos e sete óbitos de um total de 18,1 milhões de doses administradas até 24 de março.
Para a AstraZeneca, os benefícios do antídoto do laboratório anglo-sueco na prevenção da covid-19 superam os riscos de efeitos colaterais. No sábado (3), o grupo garantiu que a “segurança do paciente” é sua “maior prioridade”.
Mundo
OMS não apoia a exigência de passaportes de vacinação
A OMS não apoia a medida devido à incerteza sobre se o imunizante evita a transmissão do vírus, e também por preocupações relacionadas à igualdade

Tedros Adhanom Ghebreyesus: diretor da OMS parabenizou Reino Unido por voltar a fechar regiões em perigo (Fabrice Coffrini/Pool/Reuters)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não apoia a exigência de passaportes de vacinação para entrada ou saída de países, devido à incerteza sobre se a vacinação contra Covid-19 evita a transmissão do vírus, e também por preocupações relacionadas à igualdade, disse uma porta-voz da entidade nesta terça-feira.
A OMS espera analisar a listagem para uso emergencial das vacinas contra Covid-19 dos laboratórios chineses Sinopharm e Sinovac por volta do final de abril, disse a porta-voz da OMS Margaret Harris em um briefing da Organização das Nações Unidas.
Por um lado, o passaporte da vacinação — como está sendo chamado — deve ajudar na retomada de algumas atividades que exigem maior assertividade quanto à segurança de seus usuários. É o caso da indústria do transporte aéreo, na medida em que a liberação de passageiros pode ser condicionada ao “carimbo verde” de quem foi vacinado.
Algumas das maiores companhias aéreas do mundo pretendem utilizar um aplicativo que funcionará como um passaporte da vacinação, contendo tanto resultados de testes para o novo coronavírus como de vacinação para a imunização contra a doença.
Esse passaporte estaria integrado com o app CommonPass para criar uma espécie de rede global de informações de saúde em conjunto com aeroportos, outras companhias aéreas e até governos nacionais. O CommonPass é uma iniciativa que conta com o envolvimento do Fórum Econômico Mundial.
Mundo
FMI é a favor de imposto corporativo mínimo global, diz economista-chefe
A economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, afirmou que as disparidades atuais nas taxas de impostos corporativos provocou “um grande volume” de evasão fiscal

A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath (James Lawler Duggan/Reuters)
O Fundo Monetário Internacional (FMI) é há muito tempo favorável à adoção de um imposto global mínimo sobre lucros corporativos, disse nesta terça-feira a repórteres a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, classificando a evasão fiscal como uma questão problemática para a economia global.
Gopinath afirmou que as disparidades atuais nas taxas de impostos corporativos provocou “um grande volume” de evasão fiscal, reduzindo a base tributária com que governos podem coletar receitas para financiar os gastos econômicos e sociais necessários.
“É uma grande preocupação”, disse Gopinath a repórteres durante entrevista online. “Somos totalmente a favor de um imposto corporativo mínimo global.”
O ministro francês de Finanças, Bruno Le Maire, disse nesta terça-feira que um acordo global sobre taxação internacional é possível e saudou promessa da secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, de trabalhar em uma taxa mínima corporativa global.
Gopinath disse que o FMI não assumiu uma posição sobre o nível ideal para tal alíquota de imposto, acrescentando que os governos precisam reabastecer seus cofres após gastos maciços para conter a pandemia de covid-19 e mitigar seu impacto econômico.
“A esperança é que eles sigam em frente de uma maneira melhor para que tenham economias mais verdes, inclusivas, sustentáveis, e isso exigiria medidas tanto do lado da receita quanto do lado das despesas”, disse Gopinath, acrescentando que cada país teria de adaptar cuidadosamente suas ações próprias em matéria fiscal.
Gopinath afirmou que o FMI ainda está estudando a proposta do governo Biden de aumentar a alíquota do imposto corporativo para 28%, mas observou que a decisão do governo de seu antecessor Donald Trump de reduzir essa alíquota de 35% para 21% em 2017 teve menos impacto sobre o investimento do que inicialmente esperado.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na segunda-feira que “não havia evidência” de que um aumento da taxa de imposto corporativo de até 7 pontos percentuais levaria os negócios de empresas para o exterior.
A secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, observou que a taxa de 28% seria menor do que em qualquer momento desde a Segunda Guerra Mundial.
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