terça-feira, 07/05/2024
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Guará ganha novo local para o cultivo das artes, o Urbanos, perto da Feira

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Dentro da casa, coletiva e colaborativa, funciona uma espécie de coworking, aberta para o público, onde produtores culturais e artistas podem se sentir à vontade para realizar seu trabalhos

Hélio Gazú é um dos fundadores da Casa de cultura Urbanos
Hélio Gazú é um dos fundadores da Casa de cultura Urbanos

Em uma casa ao lado da Feira do Guará, a cultura ganhou um novo espaço, o Urbanos. As cadeiras na varanda da casa convidam os moradores da região a se sentar para ler um livro, conversar ou apenas aproveitar o espaço. Dentro da casa, coletiva e colaborativa, funciona uma espécie de coworking, aberta para o público, onde produtores culturais e artistas podem se sentir à vontade para realizar seu trabalhos.

“Estamos apenas finalizando a customização”, afirma Hélio Gazu, ativista cultural e vocalista da banda Os Cabeloduro. Ele está à frente da reforma e da gestão da casa que recentemente se tornou centro cultural. Os eventos testes estão acontecendo desde dezembro, como confraternizações de artistas da região e até oficinas culturais.
Expedito Veloso, Fernando Neto e Hélio são os fundadores da iniciativa que pretende criar um espaço democrático para a cultura no Guará. Seja no teatro, em palestras ou em exposições, a casa é aberta para artistas e produtores. “Decidimos abrir o centro para agregar, trabalhar junto e servir a cultura de todas as formas”, disse Hélio.

Entre os fatos que encorajaram o trio a criar o centro cultural, a dificuldade de se trabalhar com o poder público se destaca. “Sentimos uma inoperância da Secretaria de cultura nas cidades satélites, é muito dispendioso para o artista, a burocracia para ocupar espaços públicos é muito grande”, afirmou Hélio. O ativista está fazendo o caminho contrário, saindo das ruas e reunindo as pessoas em um lugar confortável, onde elas podem produzir mais à vontade.

Com um planejamento a longo prazo, o trio pretende financiar a manutenção do espaço por meio de doações de parceiros e produtores. Como um espaço aberto e público, o dinheiro seria usado apenas a fim de manter a as contas em ordem. Para projetos sociais, por exemplo, não existiria nenhuma taxa, como é o caso das aulas de português para refugiados, que começarão a ser ministradas ainda em janeiro.

 “Decidimos abrir o centro para agregar, trabalhar junto e servir a cultura de todas as formas” Hélio Gazu, ativista cultural e vocalista da banda Os Cabeloduro

Julimar dos Santos, artista plástico e grafiteiro, é morador do Guará desde que nasceu e está animado com a criação da casa. “A cena está muito empolgada, ter um espaço físico é muito importante. As pessoas podem ensaiar, produzir arte, fazer exposições, tudo em um lugar só”. O grafiteiro vai contribuir dando uma oficina de grafite dentro da casa ainda este mês, algo que não seria possível sem esse espaço, segundo ele.

Além de centro cultural, a Urbanos pretende também ser um observatório cultural que vai identificar problemas, fazer diagnósticos e apresentar planos de melhorias para o poder público. Hélio Gazú está otimista com o futuro da cultura no Guará. “A galera está migrando das asas pra cá, acho que daqui uns dois anos o Guará vai ser um polo cultural gigante”, afirma Hélio.

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