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Golpe no WhatsApp: polícia mira grupo suspeito de causar prejuízo de R$ 32,5 mil em família do DF

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Investigadores cumprem mandados de busca e apreensão em Cuiabá (MT) e em cidades do interior de São Paulo. Criminosos conseguiram clonar aplicativo de homem e enganaram pai, mãe e irmã.

Homem usa teclado de celular — Foto: Bruno Alencastro

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realiza, nesta terça-feira (5), uma operação contra um grupo suspeito de aplicar um golpe em três pessoas da mesma família no Distrito Federal, pelo aplicativo WhatsApp. O prejuízo foi de R$ 32,5 mil.

A corporação, em parceria com as polícias civis de Mato Grosso e São Paulo, cumpre oito mandados de busca e apreensão em Cuiabá (MT) e nas cidades de Araçatuba (SP), Glicério (SP), Birigui (SP) e Coroados (SP).

Segundo a PCDF, os criminosos conseguiram clonar o WhatsApp de um homem e começaram a fazer contato com parentes, se passando pela vítima e dizendo que aquele seria o novo número dele. Pediram até para serem incluídos no grupo da família.

Depois de infiltrados nos grupos e com acesso a informações pessoais, os suspeitos passaram a pedir dinheiro por mensagens privadas. Para a irmã do homem, solicitaram R$ 20 mil. Para o pai, R$ 10 mil e R$ 2.580 para a mãe da vítima.

Quando o homem percebeu que tinha alguém se passando por ele, já era tarde demais e os valores tinham sido desviados.

Esquema criminoso

A operação foi coordenada pela 9ª Delegacia de Polícia, no Lago Norte. Segundo a Polícia Civil, a investigação conseguiu comprovar que as mensagens saíram da casa de um dos investigados, na cidade de Cuiabá. Já as contas usadas para receber os depósitos eram de pessoas residentes no interior de São Paulo.

Os investigadores afirmam que também conseguiram chegar aos beneficiários finais dos valores desviados. Segundo a apuração, após ser recebido nas contas de laranjas, o dinheiro era imediatamente transferido para os chefes do esquema.

De acordo com a polícia, todos os identificados foram indiciados por associação criminosa, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Em caso de condenação por todos os crimes, as penas podem passar de 20 anos de reclusão.

Alerta

Segundo a corporação, esta é a quinta operação da 9ª DP para coibir fraudes eletrônicas, apenas neste ano. Os investigadores afirmam que essas investigações costumam ser difíceis, porque os criminosos ficam em outros estados, o que demanda atividade de inteligência e cooperação entre as polícias.

De acordo com a PCDF, a maioria das fraudes eletrônicas atingem pessoas mais velhas, e “as atuais vítimas desses golpes viveram a maior parte de suas vidas numa época em que não existiam essas tecnologias”. Por isso, a corporação afirma que “as pessoas precisam ter calma quando receberem solicitações de dinheiro”.

“Faça da maneira antiga, converse pessoalmente, ligue e escute a voz do solicitante, verifique antes de fazer transferências. Não se deixe conduzir pela pressa do criminoso, diz a polícia.

 

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