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Estado australiano rejeita cerimônia pública para o falecido cardeal George Pell

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Pell, que morreu em Roma aos 81 anos, foi uma figura importante na Igreja Católica, mas profundamente polarizadora na Austrália

george Pell: ele foi o católico de mais alto escalão a ser preso por abuso sexual infantil (AAP/James Ross/Reuters)

O estado australiano de Victoria rejeitou energicamente nesta quinta-feira (12) a realização de uma cerimônia pública para o falecido cardeal George Pell, com a justificativa de que seria “profundamente angustiante” para os sobreviventes de abuso sexual.

Pell, que morreu em Roma aos 81 anos, foi uma figura importante na Igreja Católica, mas profundamente polarizadora na Austrália, onde foi acusado de abusar de dois adolescentes quando era arcebispo de Melbourne.

Ele foi o católico de mais alto escalão a ser preso por abuso sexual infantil, antes de suas condenações serem anuladas em apelação.

O primeiro-ministro de Victoria, Daniel Andrews, afirmou nesta quinta-feira que o legado de Pell foi manchado permanentemente.

“Nunca esqueceremos as vítimas sobreviventes do abuso institucional de crianças nas mãos da Igreja Católica”, afirmou Andrews a repórteres.

“Não haverá cerimônia fúnebre ou funeral de Estado porque acho que seria profundamente angustiante para todas as vítimas sobreviventes de abuso sexual infantil da Igreja Católica”, acrescentou.

Pell morreu de complicações cardíacas após uma cirurgia no quadril na terça-feira em um hospital de Roma, segundo o jornal oficial do Vaticano.

Seu corpo será enviado para a Austrália e sepultado na cripta da Catedral de St. Mary, em Sydney, segundo fontes da igreja.

Pell se mudou voluntariamente para a Austrália em 2016 para enfrentar acusações de abuso sexual de dois meninos de 13 anos na década de 1990.

Em 2019, ele foi condenado a seis anos de prisão e registrado como agressor sexual.

Em abril de 2020, o Supremo Tribunal da Austrália reverteu sua sentença e o absolveu. Meses depois, Pell voltou a Roma, onde foi recebido pelo papa Francisco no Palácio Apostólico em outubro de 2020.

 

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