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Equador: Candidato à presidência e prefeito denunciam atentados um dia antes das eleições

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(AFP/AFP Photo)

Um candidato presidencial e um prefeito denunciaram neste sábado, 19, que foram alvos de disparos horas antes das eleições gerais antecipadas deste domingo no Equador, onde um candidato presidencial foi assassinado há 10 dias.

O candidato Otto Sonnenholzner denunciou pelo X (antigo Twitter) que junto com sua família sofreu “um tiroteio em frente ao local onde tomava café da manhã” no porto de Guayaquil, no sudoeste do país, sem relatar vítimas.”Graças a Deus estamos todos bem, mas exigimos uma investigação sobre o ocorrido. O medo e a impotência que vi nos olhos de todos os presentes me machucam. Não podemos continuar assim. Amanhã mudaremos de rumo!”, declarou.

Em resposta a questionamentos da imprensa, a equipe de campanha de Sonnenholzner não especificou se os disparos foram direcionados ao candidato, que aspira chegar ao poder como outros sete presidenciáveis.

A polícia informou que está “coletando” as informações sobre os tiros e acrescentou que “houve uma perseguição policial” na região após um assalto a uma loja.

Ataque a prefeito de La Libertad

O prefeito da cidade litorânea de La Libertad, Francisco Tamariz, também denunciou ter sido vítima de um ataque a tiros neste sábado.

“Tentaram ME MATAR!” publicou no X, antigo Twitter, o político – próximo do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).

Tamariz acrescentou que há “mais de 8 testemunhas” do ataque, registrado por volta da meia-noite de sexta-feira, no qual a polícia supostamente participou.

Tamariz viajava com sua esposa e outros dois parentes em um veículo blindado, alvo de cerca de 30 disparos. Ele destacou que todos saíram ilesos do ataque.

Correa, cuja candidata Luisa González é favorita para a eleição presidencial deste domingo, republicou a denúncia que o prefeito de La Libertad — cidade no sudoeste, com cerca de 100 mil habitantes — havia publicado no X.

A Polícia e o governo não se pronunciaram sobre o fato.

Eleições turbulentas

No Facebook, Tamariz disse posteriormente que ao retornar do porto de Guayaquil, no sudoeste, sua caminhonete blindada foi alvejada por duas pessoas à paisana que saíram de um veículo policial.

“Começaram a metralhar a viatura em questões de segundo (…), começaram a disparar contra nós, sequer questionaram quem estava ali”, disse ele em comunicado, feito ao lado da esposa. Ambos apareceram com coletes à prova de balas.

“Se (o carro) não fosse blindado, irmão equatoriano, eu não estaria aqui. Seria impossível para mim estar falando com você com 30 tiros que foram (…) direcionados à caminhonete”, acrescentou o prefeito.

Narcotráfico no Equador

Nos últimos anos, o Equador enfrentou uma onda de violência ligada ao narcotráfico, com massacres em prisões, que deixaram mais de 430 presos mortos desde 2021 e uma taxa recorde de 26 homicídios por 100.000 habitantes nas ruas em 2022, quase o dobro do ano anterior.

Ao sair de um comício em Quito, em 9 de agosto, o candidato à eleição Fernando Villavicencio (centro), que estava em segundo lugar nas intenções de voto, de acordo com uma pesquisa, foi morto a tiros.

Em plena campanha para as eleições deste domingo, também foram assassinados outro prefeito, um candidato a deputado e um líder local do correísmo – força de esquerda do ex-presidente Rafael Correa.

Na quinta-feira, durante o encerramento da campanha, o candidato presidencial Daniel Noboa  denunciou um ataque a tiros contra sua caravana, do qual saiu ileso. As autoridades contradizem sua versão.

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