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Em protesto, índios do Noroeste bloqueiam pista na manhã desta segunda (26/4)

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Um grupo de cerca de 30 índios, entre adultos e crianças, fecharam uma das vias do Noroeste, impedindo a circulação de veículos

Munidos com arco e flecha, cerca de 30 índios fazem protesto em via do Noroeste – (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)

Os índios que vivem na área de cerrado do Noroeste bloquearam a pista na manhã desta segunda (26/4). Por volta das 10h, eles usaram madeira para fazer uma fogueira e troncos para impedir a circulação de veículos. Apesar disso, o clima no protesto era pacífico e os itens foram retirados por volta de 12h30.

Cerca de 30 índios, entre adultos e crianças, participaram do ato. Pelo menos três deles estavam armados com arco e flecha. Uma equipe da Polícia Militar (PMDF) estava no local negociando a liberação do trânsito. Segundo a tenente Hellen, o grupo protestou contra um suposto corte de energia no local. “Seria a questão de regularização da energia, para não desligar as luzes deles. Vão trocar a estrutura e colocar uma legalizada, mas neste momento não vai desligar”, afirma a policial.

A indígena Deisidete Guajajara, 42 anos, disse ao Correio que há moradores do Noroeste reclamando da estrutura de energia que é feita com bambu e que ela ouviu em noticiários que iriam cortar a energia deles. “A luz está incomodando, mas a culpa não é nossa. A culpa é da Terracap e da CEB, porque eles não fazem o serviço direito pra gente. Nós temos crianças que estudam na nossa aldeia, tem idosos também que precisam de luz. A gente não quer bagunçar a pista, só queremos que eles arrumem isso aqui. A qualquer momento isso pode cair e machucar alguém do jeito que está”, conta.

Além da frustração com a energia elétrica, os índios alegam terem sido chamados de invasores. “Ficam chamando a gente de invasor, nós não somos invasores, aqui só tem indígena. Invasor são eles que destruíram. Olha um tanto de prédio que construíram, aqui era tudo de índio”, disse a índia Ana Rosa Guajajara.

A Neonergia (antiga CEB) informou que a situação está sendo tratada em conjunto com a Terracap, responsável pela posse da terra no Noroeste. A companhia disse ainda que está agendada uma reunião entre as empresas nesta segunda-feira (26/4) para que seja definido um novo local para instalação do medidor de energia da comunidade indígena e o remanejamento do ramal do cliente de forma adequada.

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