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Dólar supera R$ 5,60 após queda de veto sobre reajuste de servidores

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Temores sobre gastos ganham cada vez mais força no mercado ; exterior reflete pessimismo com recuperação econômica após ata e pedido de seguro desemprego

Dólar: dólar caminha para maior patamar desde maio (Antara Foto/Hafidz Mubarak/Reuters)

O dólar tem forte alta nesta quinta-feira, 20, após o Senado derrubar o veto presidencial que impedia o reajuste salarial de servidores. O cenário externo também pesa negativamente, refletindo o pessimismo da ata do Fomc (equivalente ao Comitê de Política Monetária nos EUA). Às 9h40, o dólar comercial avançava 1,5% e era vendido por 5,613 reais.

Desde o início da semana, os temores sobre a condução fiscal no país têm ganhado força no mercado financeiro. E mesmo com recente declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre a manutenção de Paulo Gudes no governo, investidores desconfiam de sua permanência e, principalmente, do cumprimento do teto de gastos no próximo ano.

“Ontem, o Senado conseguiu derrubar o veto. Isso pegou muito mal. O fiscal, que já estava podre, ficou mais podre ainda”, afirma Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti.

Em Brasília, o próprio Paulo Guedes demonstrou seu descontentamento com os Senadores, dizendo que esse foi “um péssimo sinal”, e pior, “um desastre”.

A ata sobre a última reunião de política monetário nos Estados Unidos também desagradou o mercado, fazendo o índice americano S&P 500 passar da máxima histórica para a queda. Nesta manhã, os mercados internacionais ainda sofrem os efeitos do documento, que foi considerado pessimista.

“A ata jogou mais preocupação com o ritmo de recuperação da atividade econômica nos EUA, o que já observados em dados de consumo”, afirma Arthur Mota, economista da Exame Reserach.

Confirmando a visão mais pessimista do Federal Reserve, os dados semanais de seguro desemprego nos EUA frustraram a expectativa do mercado, que esperava que o número se mantivesse abaixo do 1 milhão. Foram registrados 1.106 milhões de pedidos ante 971.000 na última semana.

No exterior, o dólar se valoriza perante todas as principais moedas emergentes, enquanto as bolsas internacionais operam no vermelho.

 

 

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