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Dólar fecha em R$ 4,58 e bate mais um recorde nominal

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O movimento é reflexo da expectativa de que o Banco Central pode cortar juros

Dólar: a moeda americana acumula alta de 14,15% (Paul Yeung/Bloomberg/Getty Images)

São Paulo – O dólar fechou em alta de 1,54% aos R$ 4,58 na tarde desta quarta-feira (4). Trata-se de um novo recorde nominal e 11ª alta consecutiva.

O movimento é reflexo da expectativa de que o Banco Central pode cortar juros, seguindo a decisão do Federal Reserve (Banco Central Americano) que reduziu a taxa americana em 0,5 ponto percentual (p.p) na terça-feira. Depois do corte surpresa, os operadores elevaram apostas em nova redução de juros também no Brasil.

O Banco Central divulgou nota na qual disse que monitora atentamente os impactos do coronavírus nas condições financeiras e na economia brasileira e que as próximas duas semanas vão permitir uma avaliação mais precisa desses efeitos sobre a trajetória da inflação. Com a Selic caminhando para um patamar ainda mais baixo — hoje está em 4,25% ao ano —, os estrangeiros podem sair do país ou simplesmente deixar de vir. O resultado é menos dólares no mercado a um preço mais elevado.

Para Alexandre Cabral, economista e professor do Mercado de Capitais do Ibmec, o Banco Central cometeu um erro técnico ao sinalizar que irá reduzir a taxa de juros na próxima reunião do Copom.

“Não é a queda de juros que irá forçar a entrada de dinheiro no sistema bancário. O Banco Central não estava sendo pressionado e o anúncio não trouxe alívio nenhum.”

Além da taxa de juros, os investidores acompanharam a divulgação do PIB brasileiro, que registrou em 2019 o desempenho mais fraco em três anos ao crescer 1,1%.

“Ficou em linha com que o mercado esperava. Traria um pouco de alívio, se o Paulo Guedes explicasse porque o PIB não foi tão bom e o que eles estão esperando”, acrescenta Cabral.

Para tentar trazer um pouco de alívio ao dólar, o Banco Central fará um leilão no valor de R$ 1 bilhão às 9h30, antes da formação da Ptax. No ano, o dólar spot dispara 14,15%, o que coloca o real na liderança isolada das maiores perdas entre 33 rivais da divisa dos EUA.

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