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Dia Mundial do Meio Ambiente: inovações tecnológicas da China no combate à poluição plástica

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Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente estima que mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente, com menos de 10% sendo recicladas

(Creative Commons/EXAME.com/Divulgação)

O Dia Mundial do Meio Ambiente, ocorrido em 5 de junho, foi estabelecido pelas Nações Unidas em 1973 para aumentar a conscientização global e impulsionar ações em prol da proteção do nosso meio ambiente.

O tema deste ano, #VencerAPoluiçãoPlástica, destaca a necessidade de soluções para combater a poluição plástica. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente estima que mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente, com menos de 10% sendo recicladas. Aproximadamente 19 a 23 milhões de toneladas de plástico acabam poluindo lagos, rios e mares.

À medida que a poluição plástica se torna uma questão urgente, a China tem tomado medidas significativas para enfrentá-la por meio da inovação tecnológica. O país tem priorizado a reciclagem e utilização de resíduos plásticos, desenvolvendo uma economia circular para o plástico.

Wang Yonggang, secretário-geral da Associação de Reciclagem de Plásticos da Associação Nacional de Recursos da China, afirmou que a China estabeleceu um sistema abrangente de reciclagem de plásticos, que inclui pontos de coleta, centros de triagem e fábricas de processamento. A China tem utilizado tecnologias como a Internet das Coisas para inovar modelos de reciclagem.

Até junho de 2022, mais de 15.000 empresas estavam envolvidas na reciclagem de resíduos plásticos na China, empregando cerca de 900.000 pessoas.

Em 2021, o país reciclou aproximadamente 19 milhões de toneladas de resíduos plásticos, alcançando uma taxa de reciclagem de 31%. Essa taxa foi quase 1,74 vezes a média global durante o mesmo período. A capacidade de reciclagem da China representou cerca de 70% do total mundial.

Reduzir a “poluição branca” até 2025

A China tem como objetivo combater efetivamente a “poluição branca” até 2025, durante o período do seu 14º Plano Quinquenal.

O país revelou um plano em setembro de 2021 que delineia medidas para reduzir a produção e o uso de plástico, desenvolver alternativas ao plástico e diminuir significativamente o desperdício plástico em aterros e vazamentos ambientais.

Setores-chave, como varejo, comércio eletrônico e entrega expressa, têm a expectativa de reduzir drasticamente o uso de plástico descartável até 2025, de acordo com o plano.
Para promover alternativas ao plástico, a China incentiva o uso de bambu, madeira, papel e plástico degradável.

Além disso, o país tem investido em pesquisas sobre tecnologias de plásticos degradáveis e apoiado o desenvolvimento ordenado de indústrias relacionadas. Métodos de reciclagem e disposição de resíduos plásticos foram aprimorados em todo o país.

Esforços paralelos por autoridades locais

As autoridades locais na China também implementaram diversas medidas para restringir o uso de plástico.

Por exemplo, o distrito de Longgang, na cidade de Shenzhen, província de Guangdong, no sul da China, lançou um projeto-piloto para separar e reciclar resíduos de embalagens de delivery provenientes de prédios comerciais.

Caixas de lixo inteligentes equipadas com sensores, câmeras e sistemas de supervisão por voz foram implantadas em comunidades de Pequim. Algumas delas introduziram um sistema de recompensa por pontos, incentivando os residentes a separarem e reciclarem corretamente seus resíduos.

A cidade de Foshan, na província de Guangdong, promove o uso de embalagens de entregas recicladas e busca otimizar o processo de reciclagem, reduzir custos e fornecer apoio político para a aplicação de embalagens expressas recicláveis.

O compromisso da China em enfrentar a poluição plástica por meio de inovação tecnológica e estratégias abrangentes demonstra sua dedicação à proteção ambiental.

Além de combater os resíduos plásticos, o país também adotou medidas como a promoção da “Iniciativa China Bonita” e o fortalecimento da conservação da biodiversidade como “passos importantes” em sua estratégia nacional.

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