sexta-feira, 26/04/2024
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Cumprimento de meta fiscal fica mais distante

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O governo federal anunciou ontem o menor contigenciamento de despesas do orçamento de toda a gestão Dilma Rousseff. Ao todo, as despe sas do governo foram corta­das em R$ 28 bilhões, volume muito inferior aos mais de R$ 50 bilhões retidos nos orça­mentos de 2011 e 2012.Com um corte menor, os mi­nistros da área econômica admi­tiram que a meta fiscal deste ano só será cumprida se forem abatidos os investimentos e al­gumas desonerações,

“Nossa dívida pública tem sido reduzida graças à solidez fiscal de nossa política econômica. So­mos um dos países com os me­lhores resultados fiscais do mundo”, disse o ministro da Fa­zenda, Guido Mantega.

Para cumprir a meta de R$ 155,9 bilhões do superávit pri­mário, os ministros Mantega e Miriam Belchior (Planejamen­to) se comprometeram a aba­ter, no máximo, R$ 45 bilhões da meta, No limite, o governo pode abater até R$ 65,2 bilhões, sendo R$ 45,2 bilhões em gastos com investimentos e o restante em desonerações e ainda assim ter a meta cumprida.

“As prioridades do governo estão preservadas. Esse ajuste de R$ 28 bilhões se dará funda­mentalmente em custeio, va­mos nos esforçar para isso”, dis­se a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Apenas qua­tro ministérios ficaram livres da tesoura do governo – as pas­tas da Educação, Saúde, Desen­volvimento Social e Combate à Fome, e de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Navalha

As emendas dos par­lamentares foram o alvo preferi­do dos cortes. A equipe econômica contingenciou mais de dois terços das emendas só R$7,1 bilhões foram mantidos. A previsão de subsídios também foi cortada em R$ 5 bilhões, ficando em R$ 9,2 bilhões.

Os cortes nas despesas foram ativados pela redução de R$ 07,8 bilhões na previsão de arre­cadação de impostos e tributos. Segundo o governo, as previ­sões originais, feitas no Con­gresso Nacional, estavam supe­restimadas. Ao mesmo tempo, o ritmo real das receitas será menor por causa da defasagem entre a recuperação da atividade e o ingresso de recursos nos cofres do Fisco. Com a queda na estimativa de receitas, o relatório prevê uma redução nas transferências a Estados e municípios da ordem de R$ 20,250 bilhões es­te ano. Essas transferências são realizadas por meio dos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos municípios (FPM), formados principalmente com a arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) um dos alvos preferidos das desonerações para estimu­lar a economia.

O governo manteve aprojeção de 3,5% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 no relatório de reprogramação orçamentária encaminhado ontem ao Congresso Nacional. A previsão é maior que a feita pelo Banco Central (que estima em 3,1% o avanço do PIB), e do mercado financeiro, que já trabalha com uma alta inferior a 3%. A estima­tiva de inflação do orçamento 5,2% – também é inferior à mé­dia de 6% do mercado.

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