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Brasileiro condenado por matar a própria mãe é preso e extraditado dos EUA

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Criminoso foi deportado como procurado por assassinato e ocultação de cadáver, no Brasil Foto: Divulgação / ERO Boston

Foragido, Luiz Fernando Moreira de Assunção Oliveira vivia ilegalmente em Quincy, Massachusetts; ele recebeu pena de 20 anos de prisão por espancar a vítima até a morte

O brasileiro Luiz Fernando Moreira de Assunção Oliveira, de 39 anos, assassinou a própria mãe no dia 4 de maio de 2011, em Goiânia, após ela ter se recusado a lhe passar parte da residência onde moravam. O criminoso, que vivia ilegalmente nos Estados Unidos, foi preso e enviado de volta ao Brasil, onde foi condenado à prisão e era procurado por homicídio e ocultação de cadáver.

De acordo com o Ministério Público de Goiás, ele tentou esganar a mãe com as mãos e a espancou até a morte. Depois disso, enrolou o corpo em um lençol, colocou no porta-malas de seu carro e jogou no rio Meia Ponte, que corta a cidade de Goiânia. O corpo da mulher foi encontrado às margens do rio. Ele foi condenado pela justiça brasileira em dezembro de 2018 a 19 anos e 10 meses de prisão.

Em julho de 2021, Moreira foi admitido nos Estados Unidos, em Fort Lauderdale, na Flórida, mas violou os termos de sua admissão para conseguir passar pela segurança americana. A extradição do criminoso aconteceu no dia 23 de junho.

Em fevereiro deste ano, o órgão de imigração e alfândega dos Estados Unidos no Brasil notificou a equipe de Operações de Execução e Remoção (ERO), braço do Departamento de Segurança Interna americano, que Moreira estava no território americano como fugitivo. Após investigação, o homem foi preso sem incidentes em Quincy, no estado de Massachusetts, em 25 de abril. Perante um juiz de imigração do Escritório Executivo de Revisão de Imigração (EOIR) do Departamento de Justiça americano, foi decretada a extradição.

O juiz da 1ª Vara Criminal de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcântara, mandou o acusado a júri popular, pelo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa de sua própria mãe, Beníguida Moreira de Assunção. Além do assassinato, Luiz Fernando também foi condenado pelo crime de ocultação de cadáver.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu que a decisão sobre o caso fosse de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e a circunstância agravante, já que a vítima foi sua mãe. Já a defesa pediu para que a denúncia fosse julgada improcedente, ao argumento de que as provas apresentadas não foram suficientes para incriminar Luiz Fernando.

Segundo o laudo de exame pericial de DNA, vestígios de sangue encontrados no carpete do carro de Luiz Fernando coincidiram com o DNA dele e de sua mãe. Além disso, o criminoso, que morava com a vítima, não fez nenhum registro de seu desaparecimento ou informou familiares sobre seu paradeiro.

De acordo com a irmã do criminoso e uma amiga da vítima, Luiz Fernando havia se tornado violento após o divórcio de seus pais, principalmente pela herança da casa onde moravam. A namorada do criminoso também afirmou que, no velório de sua mãe, ele não demonstrou emoções, não chorou e permaneceu quieto.

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