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Belgrado diz que Kiev silencia sobre bombardeio da OTAN na Iugoslávia, mas pede por sanções à Rússia

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Kiev nunca exigiu a imposição de sanções ou a realização de um julgamento para os envolvidos no bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Iugoslávia, mas ao mesmo tempo exige punição para a Rússia por sua operação militar especial na Ucrânia, disse o ministro do Interior sérvio, Aleksandar Vulin, nesta terça-feira (4).

© AP Photo / STR
No início de outubro, o embaixador ucraniano Vladimir Tolkach disse à emissora N1 que Kiev não entendia a posição de Belgrado sobre as sanções contra a Rússia e pediu à Sérvia que se juntasse à política ocidental em relação a Moscou.
“Dezenas de meninos e meninas sérvios foram mortos durante o bombardeio da OTAN. Não me lembro da exigência da Ucrânia de que uma reunião especial do Conselho de Segurança da ONU fosse realizada ou sanções fossem impostas ao agressor contra a Sérvia. Não é tarde demais para a Ucrânia e todos os países que exigem um julgamento por crimes no conflito russo-ucraniano exigirem um julgamento dos assassinos de crianças sérvias durante a agressão da OTAN”, disse Vulin citado pelo Ministério do Interior da Sérvia.
Além disso, o funcionário lembrou o apoio consistente e baseado em princípios da Rússia à integridade territorial da Sérvia.
“A Rússia nunca mudará sua posição sobre o falso ‘Estado’ do Kosovo. E nenhuma declaração ou passo das autoridades russas visa o contrário, assim como nenhuma declaração ou passo de funcionários da União Europeia [UE] ou dos EUA visa retirar o reconhecimento [da independência] do Kosovo ou respeitar a integridade territorial da Sérvia”, disse Vulin.
No dia 24 de fevereiro, a Rússia iniciou sua operação militar especial na Ucrânia respondendo aos pedidos de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL). Os países ocidentais responderam impondo sanções abrangentes contra Moscou, ao mesmo tempo que aumentaram seu apoio militar e financeiro a Kiev. A Sérvia está entre os países que mantêm uma posição neutra sobre o assunto e não aderem à maioria das restrições a Moscou, apesar da crescente pressão de Bruxelas e Washington.
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