terça-feira, 07/05/2024
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Após 54 dias, Força Nacional deixa o Ceará nesta sexta-feira

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Agentes desembarcaram no estado em janeiro para conter a onda de violência que contabilizou 261 ataques em 50 dos 184 municípios cearenses

Ceará: bandidos realizaram mais de 250 ataques no estado (Alex Gomes//AFP)

Passada a fase aguda da crise de segurança no Ceará, os agentes da Força Nacional vão deixar o estado nesta sexta-feira (1), depois de 54 dias de operação contra a onda de ataques que atingiram viadutos, ônibus, escolas e caminhões de coleta de lixo. O contingente foi enviado a pedido do governador Camilo Santana com autorização do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. A princípio, os agentes ficariam por 20 dias, mas o prazo foi estendido para coibir novos crimes.

Ao todo, 406 homens e mulheres desembarcaram no estado para reforçar a segurança e combater as ações criminosas comandadas por facções criminosas de dentro da cadeia. De acordo com o site G1, foram contabilizados 261 ataques em 50 dos 184 municípios cearenses, desde 2 de janeiro.

A explicação predominante é que a onda de violência começou em represália a uma fala do secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, sobre o maior rigor na fiscalização dos presídios. Albuquerque ficou conhecido por coordenar a retomada do presídio de Alcaçus no Rio Grande do Norte em 2016, depois da morte de 26 presos em um ataque do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O efetivo fez o patrulhamento em lugares estratégicos da capital, como terminais de ônibus e centros de distribuição de combustíveis. Apesar do elevado número de ataques, o número de vítimas foi pequeno — diferentemente da onda de violência em outros estados. No Maranhão, por exemplo, as cenas de tortura e assassinatos se tornaram cotidianas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Entre janeiro de 2013 e o início de 2014, foram registradas 63 mortes.

Em entrevista a EXAME em meados de fevereiro, o governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), defendeu o pacote anticrime proposto pelo ministro Sergio Moro para lidar com facções criminosas como as que levaram o caos ao estado. “É um passo importante para o combate ao crime”, afirmou.

Fonte Exame

 

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