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Aeroportos de SP e RJ registram atrasos em voos após pilotos e comissários entrarem em greve

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A paralisação está prevista para ocorrer todos os dias entre as 6h e 8h

Greve: A principal reivindicação da categoria é a recomposição inflacionária dos salários e aumento real de 5% (Leandro Fonseca/Exame)

Os dois principais aeroportos de São Paulo e do Rio de Janeiro registram atrasos em decolagens na manhã desta segunda-feira, 19, em função da greve dos pilotos e comissários.

De acordo com o painel de voos da Infraero em Congonhas, entre 6h e 7h 10 voos estavam com a partida atrasada. No Aeroporto Internacional de Guarulhos, às 6h30, 10 voos estavam atrasados. Até o momento não existe nenhuma informação de cancelamento. A orientação é que os passageiros procurem as companhias aéreas para saber o status do voo.

No Rio de Janeiro, os voos do Aeroporto Santos Dumont foram suspensos entre 6h e 8h. O Aeroporto Tom Jobim também informou que a operação está sendo afetada pela greve.

Além dos aeroportos em São Paulo e no Rio de Janeiro, outros cinco aeroportos foram afetados. Viracopos (Campinas-SP , dois voos atrasados), Brasília (dois voos), Belo Horizonte (um voo), Porto Alegre (nenhum atraso) e Fortaleza (nenhum atraso).

A paralisação está prevista para ocorrer todos os dias entre as 6h e 8h. O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, orientou aos tripulantes que compareçam aos aeroportos, mas que não façam decolagens. A greve está prevista para ocorrer em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte e Fortaleza.

“Nossas reivindicações são bem básicas. Há um caráter financeiro pois a categoria já não tem uma recomposição inflacionária nem qualquer tipo de ganho real há pelo menos três anos. E um caráter social, pois tentamos garantir minimamente que as empresas respeitem as folgas e os repousos dos tripulantes”, afirma Henrique Hacklaender, diretor presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

Segundo Hacklaender, é possível que haja atrasos de voos. “Quanto a cancelamentos, não podemos prever. É uma prerrogativa das empresas, elas é que vão decidir se vão cancelar ou não os voos”, disse.

Na sexta-feira, 16, a ministra do Tribunal Superior do Trabalho determinou na sexta-feira Maria Cristina Peduzzi determinou que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviço durante a greve. A decisão foi motivada por uma ação do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).

O SNA afirmou neste sábado, 17, que a categoria vai seguir seu “manual de greve”, em que mantém 100% dos tripulantes a postos, mas uma parcela deles (de 1% a 2%) vai atrasar alguns voos. Nenhum será cancelado e todas as viagens serão realizadas, ainda que após os horários agendados pelas companhias aéreas.

Reivindicações dos pilotos e comissários

A principal reivindicação da categoria é a recomposição inflacionária dos salários e aumento real de 5%. Os aeronautas pedem também a definição de horários de folgas, proibição de alteração das escalas e cumprimento da regra de tempo mínimo em solo entre voos.

O SNEA afirmou, em seu pedido ao TST, que desde a primeira reunião de negociação os aeronautas sinalizaram que não abririam mão do aumento real. “Mesmo as empresas se esforçando ao máximo e apresentando proposta de reajuste de 100% do INPC, diárias nacionais, seguro de vida e vale alimentação, além de conceder outros pleitos sociais dos aeronautas”, informou a entidade.

Os aeronautas, por sua vez, argumentam que os altos preços das passagens aéreas aumentaram também os lucros.

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