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‘A questão dos grãos’: para onde vai realmente a maior parte dos grãos ucranianos?

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O prazo do acordo de grãos termina no dia 18 de maio. A Embaixada dos EUA em Ancara esclareceu que 29 milhões de toneladas de cereais da Ucrânia chegaram a países com extrema necessidade de alimentos. A Sputnik, com base nos dados da ONU, descobriu para onde a maior parte dos grãos é realmente entregue.

© Sputnik / Ilia Naimushin

 

No próximo dia 18 de maio termina o prazo do pacto alimentar que foi assinado para desbloquear a exportação de grãos e fertilizantes da Ucrânia em meio ao conflito no país. Na terça-feira (2), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que os termos do acordo não foram cumpridos na parte que diz respeito ao setor agrícola russo.
Em paralelo, o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, disse que uma reunião preparatória entre os vice-ministros da Defesa da Turquia, Ucrânia e Rússia vai ser realizada em Istambul na próxima sexta-feira (5) para discutir a possibilidade de uma nova extensão da Iniciativa de Grãos do Mar Negro. Uma das questões mais polêmicas na implementação do acordo é o destino final dos grãos exportados dos portos ucranianos.
Segundo informações da ONU, 29.424.000 toneladas de grãos saíram dos portos da Ucrânia, mas apenas 2,58% da quantidade total — 758.500 toneladas — foi exportada para os países mais pobres da África subsaariana.
A maior parte da carga, especificamente 50,2% (14.718.000 toneladas), foi recebida por países europeus. Até agora, apenas 1.058 navios com cargas de trigo, milho, outros grãos, farelo de girassol e óleo de girassol deixaram os portos ucranianos.
A seguir estão as regiões como:

Ásia-Pacífico com 26,5% (7.794.000 toneladas)

Oriente Médio e Norte da África com 15% (4.427.000 toneladas)

Sul da Ásia com 5,8% (1.726.000 toneladas)

No dia 17 de novembro de 2022, o acordo foi prorrogado por mais 120 dias, até 18 de março de 2023. No dia 14 de março, a Rússia anunciou que aceitava a prorrogação do pacto por mais 60 dias, o que foi descrito pelo Kremlin como um gesto de boa vontade.
Atualmente, a Rússia pede para aproveitar o tempo restante até 18 de maio e cumprir as condições do pacto alimentar para prorrogá-lo novamente.
O embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, observou que as sanções unilaterais dos EUA e da UE continuaram a obstruir o envio de alimentos e fertilizantes russos para países terceiros.
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