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A indústria da Copa do Mundo: estudo mostra os bilionários números do mundial

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Dez vezes maior que o Super Bowl, Copa do Mundo é um dos maiores negócios do esporte. São mais de 3 bilhões de espectadores e bilhões em receita para a FIFA, mostra relatório do BTG Pactual

(Dan Mullan/Getty Images)

Ao longo de 28 dias, mais de 3 bilhões de pessoas devem assistir a um dos maiores eventos esportivos do planeta: a Copa do Mundo de futebol, que neste ano é realizada no Catar — pela primeira vez em um país árabe. No mundial de 2022, 32 países se enfrentam em 64 partidas, incluindo a grande final. O evento, além de cravar o nome de novos heróis na história no futebol a cada quatro anos, também é sinônimo de cifras gigantescas no balanço, movimentando bilhões de dólares em marketing, ingressos, transmissões e outras frentes.

Novo relatório da equipe de Equity Research do banco BTG Pactual, divulgado nesta terça-feira, 22, e assinado pelos analistas Carlos Sequeira e Eduardo Rosman, compilou os principais números de receita e audiência envolvendo a Copa do Mundo.

A competição tem a segunda maior audiência dentre eventos esportivos, à frente das Olimpíadas e só atrás do Tour de France, de ciclismo, que tem maior duração em horas (são 21 dias de prova, enquanto os jogos na Copa do Mundo ocorrem só algumas vezes por dia ou menos).

Na Copa, a audiência está concentrada principalmente na final, com um terço dos espectadores só nessa partida.

“Só a final da Copa é dez vezes maior do que o Super Bowl [final do campeonato de futebol americano]“, explica Sequeira, um dos autores do relatório. “Os números são impressionantes. Primeiro, quando pensamos na quantidade de pessoas que assistem. E, depois, se olharmos para como a Copa do Mundo é um business bilionário em receita.”

TV e marketing lideram receita

Nem toda a receita da Copa está concentrada no mês do evento, e parte do faturamento e acordos vêm ao longo do ciclo de quatro anos entre uma disputa e outra. Ainda assim, mais de 70% da receita da FIFA, associação internacional de futebol e organizadora da competição, é gerada em ano de Copa — o que dá boa dimensão sobre o impacto direto da competição, aponta o relatório.

Ao longo do ciclo completo da Copa do Catar, a expectativa é que a só receita da FIFA feche em US$ 6,44 bilhões de dólares. São US$ 4,6 bilhões estimados para 2022 e o restante, já computado nos anos anteriores.

(Fora da FIFA, há ainda receitas não medidas mas indiretamente impactadas pela Copa, como investimentos de empresas e movimentação de comércio e serviços, entre outros.)

Na FIFA, a maior parte do dinheiro vem dos direitos de televisão. No ciclo que antecedeu a Copa da Rússia em 2018, o último com números fechados, a receita total foi de US$ 6,42 bilhões, sendo metade com direitos de transmissão (49% do total, ou US$ 3,3 bilhões). Em seguida vieram direitos de marketing, como patrocínios (29%).

A divisão do faturamento na FIFA é parecida à que já acontece nos clubes. Nos times, seja no Brasil ou na Europa, metade do faturamento também está na venda dos direitos de TV dos campeonatos locais, apesar dos avanços em receita de marketing no futebol nos últimos anos.

“A evolução das receitas da FIFA nos últimos ciclos vem crescendo de forma importante, sobretudo se voltarmos a períodos como o início dos anos 1980”, diz Sequeira. “O trabalho de promoção e criação desse mega evento foi muito bem-sucedido nos últimos 30, 40 anos.”

Um destaque dos autores é a dimensão dos investimentos feitos para transmissão da Copa na América do Sul. A receita de transmissão da FIFA obtida com os sul-americanos é menor do que na Europa, mas, comparativamente ao PIB, a taxa é muito maior. O número, segundo o relatório, mostra “quais regiões dão mais importância ao futebol” em relação ao tamanho da economia.

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