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Apple se prepara para invadir o mundo das produções televisivas

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Uma das grandes apostas da Apple é o retorno da atriz Jennifer Aniston, conhecida pela série Friends, à televisão

Los Angeles (EUA) – A Apple revolucionou os computadores e mudou as regras da telefonia celular nos últimos anos, mas agora se prepara para outro desafio: entrar em grande estilo na produção de conteúdos televisivos e se tornar referência no competitivo mundo das telas pequenas.

A empresa tem mirado nas produções para televisão e, embora ainda não tenha deixado clara a sua estratégia, vem gastando alto para contratar grandes estrelas e dar um salto do Vale do Silício para Hollywood.

Steven Spielberg, Jennifer Aniston, Reese Witherspoon, Oprah Winfrey e J.J. Abrams são alguns dos nomes que toparam participar dessa aventura. Nela, a gigante tecnológica enfrentará outros titãs, como Netflix, “HBO”, Amazon e Disney, que também vem trabalhando no seu próprio serviço de streaming.

Uma das grandes apostas da Apple, que, por enquanto, parece bem seletiva e tem poucos projetos em andamento, é o retorno da atriz Jennifer Aniston à televisão, da qual permaneceu ausente desde que fez o imenso sucesso com “Friends”, entre 1994 e 2004, e se dedicou apenas às produções cinematográficas.

Aniston e Reese Witherspoon serão protagonistas e produzirão uma série sobre profissionais que atuam em um programa matinal de notícias na TV, um gênero muito popular nos Estados Unidos.

Witherspoon produzirá também “Are You Sleeping”, uma série de suspense com a atriz Octavia Spencer, e vem embalada após estrelar o sucesso com “Big Little Lies”, da “HBO”, com o qual ganhou quatro prêmios Emmy neste ano.

Outra aposta da empresa será a parceria com o diretor Steven Spielberg, responsável por resgatar a fantasia e o terror da série dos anos 80 “Amazing Stories”. Na mesma levada, o diretor e produtor J.J. Abrams, que já teve sua trajetória comparada a Spielberg, continurá seguindo seus passos também na Apple, e produzirá uma série musical inspirada em Nova York, chamada “Little Voices”.

Outros dois cineastas de peso farão parte do catálogo da empresa: Damien Chazelle, diretor e roteirista do longa “La La Land: Cantando Estações”, dirigirá e escreverá uma série, ainda sem detalhes divulgados; e M. Night Shyamalan, diretor e roteirista de “O Sexto Sentido”, que voltará a abordar questões paranormais e misteriosas em outro projeto também mantido em segredo.

O elenco estelar contará ainda com a apresentadora Oprah Winfrey, que assinou um longo contrato com a Apple para criar programas originais, na linha do famoso “The Oprah Winfrey Show”, o “talk show” mais antigo dos Estados Unidos, que teve mais de 25 temporadas e ficou no ar de 1986 a 2011.

Segundo informações divulgadas pelo “The Wall Street Journal” no ano passado, a Apple gastará cerca de US$ 1 bilhão em produções televisivas ao longo de 2018, um valor considerável, mas que ainda fica atrás dos US$ 8 bilhões que a Netflix, concorrente direta, planeja gastar no mesmo período.

As produções da empresa devem estrear a partir de março de 2019, de acordo com informações do “The New York Times”. A partir daí, surgem algumas dúvidas: que tipo de serviço digital planeja a Apple para seus conteúdos originais? Que preço terá e em quais países estarão disponíveis? Haverá algum tipo de limitação para quem não possua os produtos da empresa?

Enquanto as respostas não chegam, a Netflix continua com sua produção em massa, assinando projetos em sequência em todo o mundo. A “HBO”, outra concorrente no ramo de séries originais, mantém o foco no sucesso garantido da última temporada de “Game of Thrones”, e a Amazon apostou alto e entrou na disputa após adquirir os direitos para produzir uma série inspirada na saga “O Senhor dos Anéis”, desembolsando US$ 250 milhões (cerca de R$ 963,8 milhões) pelo licenciamento.

A entrada da Apple servirá como um novo teste no mercado de séries e serviços de streaming que não para de crescer e que corre risco até de ficar saturado: segundo um estudo da “FX”, em 2017 foram produzidas 487 séries originais só nos Estados Unidos, contra 455 do ano anterior e 349 de 2013.

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