O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (17/10) a redução da pena do ex-deputado republicano George Santos, que havia sido condenado a sete anos de prisão por crimes de fraude eletrônica e roubo de identidade. A decisão, que funciona como um perdão parcial, foi comunicada através da rede social Truth Social e garante a soltura imediata do ex-congressista.
Ao explicar sua medida, Trump comparou o caso de Santos com escândalos que envolveram políticos do partido democrata e afirmou que o ex-deputado sofreu um tratamento injusto.
“De certo modo, George Santos foi desonesto, mas existem muitos outros desonestos em nosso país que não receberam punições severas como sete anos de prisão. […] George passou longos períodos isolado na prisão e, segundo relatos, foi tratado de forma muito dura. Por isso, acabei de assinar a comutação que libera George Santos da prisão imediatamente. Desejo sorte e uma boa vida para ele!”, escreveu Trump.
Santos, cujo pai e mãe são brasileiros, representou a cidade de Nova York na Câmara entre 2023 e 2024, tornando-se uma figura extremamente polêmica na política americana.
A carreira de Santos desmoronou depois que surgiu a informação de que grande parte de sua biografia — incluindo diplomas, empregos e histórico familiar — era falsa. Ele chegou a afirmar ser descendente de judeus que sobreviveram ao Holocausto e fugiram do regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 2023, foi formalmente acusado de usar doações de campanha para despesas pessoais e de utilizar identidades de apoiadores para obter recursos fraudulentos.
Em agosto de 2024, firmou um acordo de culpa com a Justiça, reconhecendo os crimes e aceitando a pena de prisão federal. Desde julho deste ano, cumpria sua sentença em uma unidade penitenciária de segurança mínima em Nova Jersey.
A Casa Branca informou que a redução da pena não isenta Santos das multas e retornos financeiros que a sentença determinou. Portanto, ele ainda é responsável por devolver os valores obtidos de forma ilegal.