Paulo Picchetti, diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos do Banco Central, falou na quarta-feira, 15, que não concorda com a forma comum de definir “recessão técnica” como dois trimestres seguidos de resultado negativo. Segundo ele, o Banco Central espera uma desaceleração da economia nos próximos meses, mas sem causar uma recessão.
Segundo Picchetti, muitas pessoas acreditam que na segunda metade deste ano a economia pode crescer zero ou até diminuir um pouco, mas ele não gosta do termo “recessão técnica”. Ele disse isso durante um seminário do JP Morgan em Washington, durante reuniões do Banco Mundial, FMI e G20.
Ele disse que não acredita que o Brasil terá uma recessão e que não há base técnica para definir recessão apenas por dois trimestres negativos, mesmo que pequeno.
Picchetti explicou que podem acontecer dois trimestres com queda de 0,1% em uma atividade específica, mas isso não significa uma recessão de verdade, que deveria ser uma desaceleração geral.
Ele disse que um resultado ruim pode ser causado por uma má safra ou um problema em um setor específico, e isso pode levar o PIB a ficar ligeiramente negativo, mas isso não é uma recessão.
Estadão Conteúdo
