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Média de ganho por hora de motoristas e motociclistas de app

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Motoristas e motociclistas que usam aplicativos para trabalhar têm jornadas semanais mais longas do que aqueles que não usam essas plataformas. Em 2024, os motoristas ganhavam em média R$ 13,90 por hora, enquanto os motociclistas recebiam cerca de R$ 10,80 por hora.

Esses dados são do levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2024.

O estudo mostrou que existem cerca de 1,638 milhão de pessoas que trabalham como condutores de veículos. Desse total, 43,8%, ou 824 mil pessoas, usam aplicativos para trabalhar, enquanto 56,2%, ou 1,059 milhão, não utilizam essas plataformas.

Já entre os motociclistas, do total de 1,050 milhão, 33,5%, que são 351 mil, usam aplicativos de entrega, enquanto 66,5%, que são 698 mil, não usam esses aplicativos em seus trabalhos.

Além disso, apenas 25,7% dos motoristas que trabalham por aplicativo contribuem para a previdência, em comparação com 56,2% dos que não utilizam esses aplicativos. No caso dos motociclistas, 21,6% dos que trabalham por aplicativo contribuem para a previdência, contra 36,3% dos que não usam aplicativos.

Como os aplicativos controlam o trabalho

O IBGE define que o trabalho por plataforma digital é quando o aplicativo organiza aspectos importantes do serviço, como o acesso aos clientes, avaliação das atividades, pagamento e distribuição do trabalho, conforme estudo conjunto da OCDE, OIT e União Europeia.

Segundo o instituto, motoristas, taxistas e entregadores que usam aplicativos mostram grande dependência dessas plataformas, pois a maioria tem o valor do serviço, os clientes, o pagamento e o prazo definidos pelo aplicativo.

Em números, 91,2% dos motoristas por aplicativo afirmaram que o valor pago é decidido pela plataforma, enquanto 81,3% dos entregadores disseram o mesmo. A escolha dos clientes e a forma de pagamento também dependem majoritariamente do aplicativo.

Essa dependência reduz a autonomia dos trabalhadores nas decisões do seu trabalho, segundo o IBGE.

O estudo também analisou como os aplicativos influenciam a jornada de trabalho, por meio de incentivos, bônus, punições ou sugestões de horários. Embora esses trabalhos ofereçam flexibilidade para escolher quando e onde trabalhar, as horas semanais tendem a ser mais longas do que para trabalhadores que não usam aplicativos.

Em 2024, mais da metade dos motoristas e entregadores relataram que incentivos e mudanças nos preços influenciam sua jornada, e cerca de 30% mencionaram ameaças de bloqueio como influência.

Por outro lado, 78,5% dos motoristas disseram que poder escolher seus dias e horários de forma independente é um fator que impacta positivamente seu trabalho.

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