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Entenda quais cuidados gestantes devem ter com o coronavírus até o momento

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Para auxiliar a prevenção da doença que teve o primeiro caso confirmado no Brasil, a FEBRASGO lançou um documento completo de cuidados para as grávidas.

(Vithun Khamsong / EyeEm/Getty Images)

Na última quarta-feira (26), o Brasil teve o primeiro caso de coronavírus (Covid-19) confirmado. O paciente é um homem de 61 anos, de São Paulo, que voltou para a cidade paulistana após uma viagem para a Itália, onde a doença respiratória também já foi reconhecida. Com essa crescente atenção à patologia, instituições da saúde começaram a reunir informações importantes sobre as precauções necessárias de acordo com os diferentes grupos populacionais, como as grávidas.

No dia 17 de fevereiro, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) publicou um comunicado oficial intitulado “Novo Coronavírus 2019 em obstetrícia – Enfrentando o desconhecido!”. Ele é um compilado de diretrizes do que fazer em caso de gestantes serem diagnosticadas com o coronavírus, mas também como preveni-las da doença.

Já no início do documento, a FEBRASGO explica que as instruções são baseadas nas orientações que surgiram a partir de outras doenças respiratórias semelhantes ao coronavírus, como CoV-SARS, CoV-MERS e, principalmente, o H1N1, pois é um vírus que se alastrou por diferentes regiões do mundo e demandou uma vasta pesquisa para combatê-lo.

Para as mulheres que não correm o risco de contaminação, principalmente por não terem tido nenhum contato com pessoas diagnosticadas com coronavírus ou têm a suspeita da doença, os cuidados necessários são básicos, como manter as mãos higienizadas, evitar o contato com quem já manifesta algum tipo de infecção respiratória, estar atenta a não ficar encostando as mãos na boca, nos olhos e no nariz, além de se poupar de aglomerações.

Já para as grávidas que forem colocadas como “caso suspeito”, elas deverão usar máscaras de proteção e quem atendê-las deverá estar equipado com “máscara, luvas, óculos e avental”, como detalha o documento. Além disso, há também o alerta para que essas pacientes fiquem hospitalizadas até que os exames capazes de concluir o laudo sejam feitos.

Se a gestante for realmente diagnosticada com o coronavírus, a Federação pontua que ela mostrará sintomas semelhantes aos de quem foi diagnosticado com pneumonia causada pelo H1N1 e outras bactérias atípicas. Por isso, o tratamento indicado será parecido com o dessas doenças, dependendo do grau de sintomas apresentado pela paciente e com atenção para os sinais diferentes que surgirem.

Caso a mulher adoecida esteja no fim da gravidez e tenha dúvidas sobre qual parto será melhor para o bebê, não há uma certeza absoluta sobre o assunto. Até o momento, as conclusões estão sendo elaboradas a partir do que se sabe sobre os vírus citados anteriormente.

“Por analogia com mulheres infectadas pelo H1N1CoV-SARS ou CoV-MERS, mulheres em boas condições gerais, sem restrição respiratória, elevada taxa de oxigenação podem se beneficiar do parto vaginal, bem como o feto. No entanto, com restrição respiratória, a interrupção da gravidez por cesárea, a despeito do risco anestésico, seria a melhor opção. Neste caso a anestesia seria um outro desafio”, pontua o documento da instituição.

Entretanto, assim como eles alertam, tudo isso deve ser discutido com os médicos que têm acompanhado a gestante, pois “as decisões sobre o parto de emergência e a interrupção da gravidez são desafiadoras e baseadas em muitos fatores”, finaliza a Federação.

A FEBRASGO informou ao Bebê.com, que em breve irá liberar um novo documento, entretanto, a instituição está a espera da confirmação ou não de outros casos suspeitos de coronavírus para atualizá-lo. As recomendações de cuidados destinados às gestantes, no entanto, continuará a mesma.

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