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China pode intervir se protestos piorarem, diz chefe de Hong Kong

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Carrie Lam pediu a críticos em outros países que aceitem que protestos deixaram de ser “um movimento pacífico pela democracia”

Hong Kong: presidente americano, Donald Trump, pediu ao presidente chinês, Xi Jinping, que encontre uma “solução humana” para a crise em Hong Kong (Athit Perawongmetha/Getty Images)

Hong Kong — A chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, alertou nesta terça-feira que há possibilidade de intervenção militar da China na região caso os protestos cheguem a um ponto crítico.

“Ainda penso que nós mesmos devemos encontrar soluções, e esta também é a posição do governo central [da China]”, disse Lam em entrevista coletiva. “Porém, se a situação ficar ‘tão ruim’, não poderemos descartar nenhuma opção”. Ela disse que a constituição de Hong Kong prevê intervenção chinesa, mas não detalhou sob quais circunstâncias a ação poderia ocorrer.

Além disso, a líder de Hong Kong pediu a críticos em outros países que aceitem que os violentos protestos deixaram de ser “um movimento pacífico pela democracia”. As manifestações, que já se estendem por quatro meses, vêm prejudicando a economia e impactando fortemente o turismo local.

Ontem, o presidente americano, Donald Trump, pediu ao presidente chinês, Xi Jinping, que encontre uma “solução humana” para a crise em Hong Kong, e alertou que “resultados ruins” podem prejudicar negociações comerciais entre China e Estados Unidos que serão retomadas na quinta-feira (10) em Washington.

Os protestos aumentaram desde a entrada em vigor, no sábado (5), de um regulamento que proíbe a utilização de máscaras em manifestações. Na segunda-feira, à noite, os protestos aconteceram em vários locais da Península de Kowloon. Alguns jovens manifestantes praticaram vandalismos nas estações de metrô, enquanto outros saquearam shoppings.

A polícia utilizou gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que montaram barricadas e puseram fogo nas ruas.

O governo de Hong Kong disse que a proibição visa a evitar ainda mais confrontos e tumultos. Contudo, a violência prolongada não mostra sinais de término.

Nessa terça-feira, os cidadãos voltaram ao trabalho e à escola, após três dias de feriados, mas muitas estações de metrô danificadas permanecem fechadas. Algumas lojas decidiram cortar o tempo de funcionamento pelo receios de mais instabilidade.

 

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