BMW, Ferrari, Lamborghini e Mercedes. Esses são alguns dos bens do influenciador digital Kleber Rodrigues de Moraes, conhecido nas redes como Klebim, que foram sequestrados pela Justiça do Distrito Federal.
Klebim foi condenado nesta sexta-feira (17/10) a 9 anos, 11 meses e 15 dias de prisão em regime fechado, além de cinco meses de prisão simples, pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e promoção de rifas ilegais.
A lista de bens inclui nove veículos de luxo e uma mansão no Park Way, avaliada em milhões de reais. Alguns bens estavam em nome de outras pessoas, usadas como ‘laranjas’, segundo as investigações.
Os carros ficarão apreendidos no complexo da Polícia Civil do Distrito Federal até a decisão final sobre o destino dos bens.
Lista de bens sequestrados:
- R$ 398.000,00 para levantamento do sequestro do imóvel no Park Way;
- Lamborghini Huracán (2018): R$ 2.060.000,00;
- Ferrari 458 Spider (2014): R$ 460.000,00;
- Mercedes Benz C200 (2015/2016);
- Mercedes Benz GLA 200 (2021);
- BMW M4 Coupé (2014);
- BMW Z4 (2019);
- Nissan 350z;
- Ford F250 (2001);
- Chevrolet Ômega (1996);
- Volkswagen Tiguan (2018);
- Volkswagen Amarok (2012);
- Volkswagen Saveiro Cross (2013);
- Volkswagen Polo (2002);
- Volkswagen Saveiro (2006);
- Volkswagen Passat (2011);
- Volkswagen Saveiro (2010);
- Moto Honda Biz (2016);
- Jet-ski SEA 100;
- Reboque preto 746104-R/TX (2020);
- R$ 168.570,14 bloqueados nas contas de Klebim;
- R$ 162.893,12 bloqueados na conta da Estilodub Consultoria e Publicidade;
- R$ 56.431,02 nas contas da Estilodub Negócios Digitais;
- R$ 35.874,14 na conta da Estilodub Veículos e Acessórios.
Contexto
A sentença do juiz Marcos Francisco Batista, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, marca um desfecho da Operação Huracán, que desmantelou uma quadrilha interestadual especializada em jogos de azar e lavagem de dinheiro, iniciada em março de 2022 pela Polícia Civil do Distrito Federal.
O grupo, liderado por Klebim, organizava sorteios de carros luxuosos pelas redes sociais desde 2021, sem autorização da Loteria Federal ou do Ministério da Economia.
A condenação é um marco no combate às rifas ilegais no Brasil, prática que cresceu com as redes sociais e falta de fiscalização. As autoridades destacam que ostentar bens de forma ilícita traz consequências sérias, tanto financeiras quanto criminais.
Os veículos seguem apreendidos, ficando como símbolos da queda de um império construído sobre falsas promessas de sorte e dinheiro fácil.
Segundo o Ministério da Economia, rifas e sorteios sem autorização são ilegais no Brasil, permitidos apenas para instituições filantrópicas autorizadas e realizados via Loteria Federal. Mesmo projetos sociais não autorizam rifas clandestinas, que podem configurar crime ou dano ao consumidor.
Redação Dia a Dia Brasil, fonte da matéria.