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Dino lembra ameaça a ministros do STF e diz: ‘Gilmar vai primeiro’

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino recordou uma tentativa de invasão ao prédio do tribunal em setembro. Em evento do Instituto Brasileiro de Ensino Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) nesta quinta-feira, 23, em Brasília, ele comentou de forma brincalhona que o decano Gilmar Mendes seria o primeiro alvo, por ser o ministro com mais tempo no Supremo.

“Recentemente, um indivíduo chegou até o Supremo, pulou as grades e afirmou: ‘Vim aqui para matar Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Flávio Dino’. Houve correria, a segurança agiu e o prendeu”, contou.

“Depois, um ministro falou com outro. Eu disse: ‘Vamos colocar na entrada do Supremo uma placa com os nomes de todos os juízes em ordem de antiguidade, para que as pessoas respeitem essa ordem. O Gilmar será o primeiro, e eu o último’, porque até lá darei tempo de fugir”, brincou.

O fato citado ocorreu em setembro, quando um homem foi detido ao tentar entrar no tribunal e pedir para falar com um dos ministros. A polícia encontrou com ele uma faca de açougueiro, conforme reportado pela revista Veja.

Durante um painel sobre o novo regime de proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Digital e as mudanças no Marco Civil da Internet, no 18º Congresso de Direito Constitucional do IDP, Dino falou sobre discursos de ódio e ameaças que autoridades têm recebido. Ele mencionou mensagens ameaçadoras enviadas a ele após sua nomeação para o Supremo.

“Recebemos mensagens do tipo: ‘Você merece ser esquartejado e seus pedaços espalhados pela Esplanada dos Ministérios’. Já me enviaram algo assim. Pensei que isso traria trabalho porque sou grande”, ironizou.

Para finalizar, o ministro destacou que usa o humor para lidar com a intolerância. “Bom humor serve para combater o ódio. A oração do bom humor de São Tomás Moro é a oração preferida do Papa Francisco”, disse.

Recentemente, o Senado aprovou a criação de 40 cargos de técnico judiciário para atuarem como policiais judiciais no STF. Isso se deve ao aumento das ameaças contra a Corte e seus ministros.

Estadão Conteúdo

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