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PF deflagra operação para prender 22 líderes de seita suspeita de praticar tráfico de pessoas

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Os órgãos detectaram que os dirigentes da seita enganavam os fiéis na sede da igreja em São Paulo

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (6) a Operação Canaã – A Colheita Final que tem como alvos 22 líderes religiosos de uma seita suspeita de praticar diversos crimes.

De acordo com a PF, os chefes da denominação “Traduzindo o Verbo – A Verdade que Marca” teriam praticado tráfico de pessoas, redução de pessoas à condição análoga a de escravo, estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Estão sendo cumpridos 22 Mandados de Prisão Preventiva, 17 Mandados de Interdição de estabelecimento comercial e 42 Mandados de Busca e Apreensão nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Bahia.

A investigação foi desenvolvida pela Polícia Federal e pelo Ministério do Trabalho. Os órgãos detectaram que os dirigentes da seita enganavam os fiéis na sede da igreja em São Paulo. Os líderes usavam o argumento de que todos viveriam em comunidades onde tudo seria compartilhado para que as vítimas doassem todos os bens à organização criminosa.

Depois da doutrinação, os seguidores eram levados para zonas rurais e urbanas em Minas Gerais (Contagem, Betim, Andrelândia, Minduri, Madre de Deus, São Vicente de Minas, Pouso Alegre e Poços de Caldas) na Bahia (Ibotirama, Luiz Eduardo Magalhães, Wanderley e Barra) e São Paulo (Capital).

Lá, eles eram submetidos a extensas jornadas de trabalho sem qualquer remuneração. Eles eram obrigados a atuar em lavouras e estabelecimentos comerciais dos mais variados – oficinas mecânicas, postos de gasolina, pastelarias, confecções, entre outros.

A PF afirma que os líderes ganharam muito dinheiro com o esquema. “Por meio da apropriação do patrimônio dos fiéis e do desempenho de atividades comerciais sem o pagamento da mão-de-obra, a Seita acumulou vultoso patrimônio (casas, fazendas, veículos de luxo) e, atualmente, expande os empreendimentos, baseados na exploração ilegal, para o estado de Tocantins”, diz a corporação em nota.

Esta é a terceira fase da investigação, que já teve outras etapas em 2013 e 2015, quando cinco dos líderes já haviam sido presos temporariamente. Os 22 líderes que tiveram mandados de prisão preventiva decretados hoje podem pegar até 42 anos de prisão.

O nome da Operação (Canaã) é uma referência bíblica à terra prometida por Deus aos fiéis.

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