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Papa envia bispo ao Chile para “escutar” testemunhos sobre caso de abusos

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O último dia que esteve no Chile, na cidade de Iquique, Francisco disse que “o dia que me trouxerem uma prova contra o bispo Barros, vou falar”

O papa Francisco decidiu enviar um bispo ao Chile para escutar “aos que manifestaram a vontade de informar elementos que possuem” sobre “o caso de (o bispo chileno) Juan de la Cruz Barros Madrid”, informou nesta terça-feira a Santa Sé.

Barros, nomeado bispo em março de 2015 pelo papa Francisco, foi acusado no Chile de encobrir os casos de abusos sexuais de Fernando Karadima quando este era pároco da igreja de El Bosque.

O Vaticano explicou em um comunicado que será o arcebispo de Malta e presidente do Colégio para o exame dos recursos (em matéria de delicta graviora) na Sessão Ordinária da Congregação para a Doutrina da Fé, Charles J. Scicluna, que “se desloca a Santiago do Chile para escutar os que manifestaram a vontade de informar elementos que possuem”.

Durante a viagem de Francisco ao Chile, de 15 a 18 de janeiro, Barros esteve no meio de uma polêmica por participar nos principais atos religiosos por causa da visita do pontífice.

No voo de retorno a Roma após passar por Chile e Peru – país que visitou entre 18 e 21 de janeiro -, o papa ressaltou sua “tolerância zero” com os abusos sexuais por parte do clero, mas apontou que acreditava na inocência de Barros porque ninguém apresentou nenhuma evidência que sustente as acusações.

O último dia que esteve no Chile, na cidade de Iquique, Francisco disse que “o dia que me trouxerem uma prova contra o bispo Barros, vou falar”.

“Não há uma só prova, tudo é calúnia”, acrescentou.

Também na viagem de volta a Roma, Francisco pediu perdão às vítimas por estas declarações, ao reconhecer que pedir “provas”, algo que claramente não podem ter, “as feriu”.

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